O empate a 1-1 entre Famalicão e Braga, na noite desta sexta-feira, deixou o sabor de um jogo vivido com grande intensidade e emoção. A partida, que abriu a 31.ª jornada da Primeira Liga, foi tudo menos monótona, com ambos os conjuntos a protagonizarem momentos de grande futebol, sem nunca se renderem à pressão do marcador.

Logo no início, o Famalicão mostrou a sua vontade de ir à luta. Simon Elisor aproveitou a falta de comunicação da defesa bracarense para ganhar um penálti na área adversária. Justin de Haas não hesitou e fez o primeiro da noite, colocando a equipa da casa na frente do placar.

Seria de esperar uma reação rápida do Braga para procurar o empate, porém, durante o resto da primeira parte os famalicenses mostraram-se mais confortáveis e dominaram por completo todos os momentos do jogo.

Com ambas formações a jogarem em 4x2x3x1, esse domínio explica-se pela superioridade do meio-campo do Famalicão, que sufocou o portador da bola e cuidou bem dela quando tinha a sua posse.

No regresso dos balneários, a equipa bracarense tomou conta da partida, com as linhas do Famalicão a descerem face à vantagem no marcador e o conjunto bracarense a arriscar mais à procura da reviravolta.

Roger entrou ao intervalo na sua melhor versão e fez do lado direito arsenalista uma via de ataque que criou diversos perigos à baliza famalicense. Contudo, a eficácia na finalização esteve longe de ser a melhor.

Depois de várias tentativas frustradas, foi um erro infeliz que trouxe a igualdade. Aos 74 minutos, Rodrigo Pinheiro, central do Famalicão, fez um autogolo que restabeleceu o empate no marcador. O próprio jogador, de cabeça baixa, não conseguiu esconder o desagrado, mas no futebol a justiça é feita de muitas formas, e esta infelicidade acabou por refletir o equilíbrio no jogo.

Com o golo, o Famalicão sentiu o peso do empate e procurou reagir. A equipa da casa começou a sair melhor da pressão alta do Braga e criou oportunidades nos seus contra-ataques.

Os gverreiros também tiveram as suas chances de consumarem a reviravolta, mas o guarda-redes Vítor Santos mostrou-se seguro e a finalização dos avançados bracarenses não teve nos seus melhores dias.

Os quatro minutos de descontos dados pelo árbitro ainda trouxeram emoções para os dois lados. Aos 91 minutos, Sejk viu o seu remate rasteiro travado por uma excelente defesa de Hornicek.

No último lance da partida, Roger cruzou de forma exímia e Amine apenas precisava de encostar para dar a vitória à equipa do Braga, mas o avançado marroquino não conseguiu acertar na bola. Segundos depois, apito final em Famalicão. A ineficácia das duas formações na finalização ditou o empate por 1-1 num emocionante encontro de futebol, onde a bola foi sempre bem tratada por ambas as equipas.