O treinador Martín Anselmi afirmou este sábado que "o prestígio do FC Porto está sempre em jogo" sublinhando que a equipa tem de mostrar exigência máxima no dérbi de domingo com o Boavista, da 33.ª jornada da I Liga.

"Entendemos que cada jogo que o FC Porto entra em campo é para dar tudo. Não gosto de falar em partidas de 'vida ou morte', porque isso são coisas mais importantes. Mas sinto que, sempre que o FC Porto joga, tem a obrigação de competir ao máximo", afirmou Anselmi, em conferência de imprensa de antevisão à partida.

O técnico argentino considerou que a equipa, que continua envolvida na luta pelo terceiro lugar do campeonato, ficou, exibicionalmente, aquém nos últimos dois jogos [derrota com o Estrela da Amadora e vitória sobre o Moreirense] e apontou a necessidade de aprendizagem para regressar à competitividade, nestas últimas duas jornadas finais da competição.

"Agora é momento de aprender com isso e disputar este jogo ao máximo da nossa competitividade. O adversário está a lutar por objetivos importantes. Mas nós também temos ambição, porque o nosso prestígio está sempre em jogo. Somos o FC Porto e temos de competir ao máximo. Estes dois jogos são muito importantes para nós", acrescentou.

Boavista luta contra a despromoção

Anselmi reconheceu a motivação do Boavista, que vem de uma reviravolta frente ao AVS, e recusou qualquer ideia de facilidades no estádio do Bessa, lembrando a experiência recente da equipa frente a adversários com objetivos semelhantes.

"O Boavista demonstrou no último jogo, contra o AVS, que quer lutar até ao fim. Conseguiu dar a volta a um jogo muito difícil, que praticamente os deixava condenados. Para além de todos os condimentos e do contexto do jogo, é um adversário que está a lutar por coisas importantes. Mas nós também. Apesar de faltarem duas jornadas e já não termos hipótese de lutar pelo campeonato, é muito importante para nós ganhar os dois jogos que restam.", notou.

"Queremos que Mora fique por muito tempo"

O treinador portista comentou ainda os processos de aquisição de partes dos passes de Samu e Nehuén Pérez, e a renovação de vínculo com Rodrigo Mora, falando três situações distintas, mas com o ponto comum da "confiança no futuro".

"Queremos que o Rodrigo Mora fique por muito tempo, embora saibamos que os jogadores acabam por ter muitas ofertas. O mesmo se aplica ao Samu e ao Nehuén, que tiveram altos e baixos, mas em quem confiamos totalmente", referiu.

Sobre o acordo que foi esta semana alcançado entre o FC Porto e os mexicanos do Cruz Azul, depois de um imbróglio que se arrastava desde a vinda do treinador para Portugal, Anselmi classificou o caso como "um tema sensível", evitando grandes desenvolvimentos, mas garantindo que houve sempre transparência da sua parte e que existia um acordo inicial que não foi respeitado.

"Peço que deixem de mentir às pessoas. Não há insolvência, isso é mentira. Não há acordo de confidencialidade. Tudo foi transparente. Desde o primeiro dia houve um acordo, e por alguma razão se chegou ao mesmo valor agora. Só quero deixar isso claro", afirmou.

O treinador abordou, ainda, a possibilidade do guarda-redes Diogo Costa, que se debateu com lesão, regressar às escolhas neste deslocação ao Bessa.

"Acho que vai poder estar connosco neste jogo. Nenhum jogador que não esteja a 100% pode jogar no FC Porto".

O FC Porto, terceiro classificado, com 65 pontos, defronta no domingo o Boavista, 16.º, com 24, em jogo da 33.ª jornada da I Liga, agendado para as 20:30, no Estádio do Bessa, com arbitragem de Cláudio Pereira, da Associação de Futebol de Aveiro.