Heróis do Mar entraram muito mal, mas mostraram bons momentos na preparação para o Mundial
Com um início de pesadelo, os Heróis do Mar demoraram a entrar na partida, não conseguindo travar a dinâmica ofensiva dos gauleses, que só falharam o primeiro ataque aos 15 minutos, abrindo uma vantagem de 7 golos (11-4).
Foi então que o selecionador Paulo Pereira jogou em campo o sete contra seis no ataque, conseguindo surpreender a defesa dura do adversário com golos fáceis, numa grande partida do central Rui Silva, que distribuiu bolas para todos os gostos.
Ao intervalo, a França já só tinha uma vantagem de 4 golos (23-19), mas com o reinício desde logo abriu para 5 (26-21), seguindo-se os melhores momentos de Portugal, com maior eficácia defensiva, com destaque para o guardião Diogo Rêma, e ofensiva, que aproximou as equipas (32-30), até que a arbitragem caseira excluiu cirurgicamente Victor Iturriza, com Portugal a perder a hipótese de jogar em superioridade no ataque e a França a voltar a pôr o pé no acelerador (34-30).
Mesmo assim, Portugal voltou ao jogo, criou golos de belo efeito, confundiu a França, a equipa mais laureada em Mundiais, e teve a hipótese de empatar a 10 minutos do final, com o resultado em 35-34.
Como no andebol quem não marca sofre, Portugal não marcou nos 3 ataques seguintes e a França respirou de conforto, controlando até ao apito final para celebração dos seus 5.500 entusiáticos adeptos.
Numa partida de loucos, com os ataques a superiorizarem-se à defesas, Victor Iturriza brilhou com 7 golos (100% de eficácia), assim como Pedro Portela (4/100%), Luís Frade (5/100%) e Rui Silva (5/71%).
Pela França, Dika Mem foi implacável, com 9 golos em 9 remates e melhor marcador da partida.
Portugal regressa este sábado a Rio Maior, ainda antes de viajar para Oslo na terça-feira, para defrontar no Grupo E do Mundial os EUA (dia 15), Brasil (a 17) e a seleção anfitriã da Noruega (19).