À sétima jornada, eis o primeiro ponto do Farense. Os leões de Faro empataram a zeros num jogo enfadonho e muito pouco atrativo em Vila das Aves.
Sem qualquer oportunidade, o primeiro tempo foi de organização e de duelos. O segundo, idem, mas com alguma emoção no fim, sustida pela defensiva algarvia e pela atenção de Ochoa.
Tozé Marreco consegue assim o primeiro ponto, na sua estreia, terminando assim a senda de seis derrotas consecutivas. Já o AVS chega aos oito pontos e respira bem na tabela classificativa.
Empate de pouca ambição
No primeiro jogo ao leme dos leões de Faro, Tozé Marreco promoveu uma mini-revolução, com cinco alterações no onze. Desmontou a linha de três defesas, sentando Raul Silva e Marco Moreno, e promovendo o regresso de Lucas Áfrico para o eixo central da defesa e de Alex Soares para o meio-campo. Miguel Menino foi substituído por Neto, enquanto Rafael Barbosa e Poveda também saíram para as entradas de Millan e Bermejo.
A necessidade de pontos do Farense e o desconhecimento generalizado do AVS do restruturado adversário levou a um jogo de encaixes. Bastantes duelos, muita posse passiva e poucas balizas. Os ataques surgiam de forma generalizada pelos corredores, originando algumas bolas paradas. Dos cantos, pouco sumo.
O Farense canalizou a ofensiva para Merghen. O francês, com a bola colada à canhota, mostrou perfume e qualidade para desequilibrar, mas também algumas dificuldades na definição. O AVS criou o lance de maior perigo da primeira parte - que não criou assim tanto perigo - por Rodrigo Ribeiro. O jovem avançado cavalgou por dentro e rematou de muito longe, remate que passou perto da baliza de Ricardo Velho.
Longe de ser uma primeira parte agradável à vista, chegou o intervalo com um paupérrimo empate a zeros.
Mais do mesmo...
A segunda parte começou sem mudanças, mesmo que fosse preciso mudar muita coisa para o resultado não se manter tal qual a nomenclatura do nosso portal.
Com o andar do relógio, o AVS começou a tomar conta da posse bola. Sem grandes oportunidades - apenas Mercado rematou, mas por cima -, os da casa jogaram mais tempo em organização ofensiva mas sem grande fio de jogo. As substituições apareceram mas pouco, ou nada, alteraram no jogo
Ricardo Velho e Ochoa - dois dos bons guardiões da Liga Portuguesa - foram quase sempre meros espectadores de uma partida quase sem balizas envolvidas. O AVS foi insistindo em cruzamentos, mas os três centrais do Farense, já com Falcão ao barulho mais atrás, foram limpando sempre.
Perto do fim, Elves Baldé atirou à baliza de Ochoa - até que enfim! - por duas vezes, mas à figura do mexicano. Empate a zeros num dos jogos mais fracos da Liga até ao momento.