Franck Ribéry, antigo internacional francês (81 jogos), que brilhou sobretudo ao serviço do Bayern Munique, entre 2007 e 2019, com 124 golos em 425 jogos pelos bávaros, lembrou, em entrevista ao jornal gaulês L'Équipe, como esteve perto de ver uma perna ser-lhe amputada na parte final da carreira, quando jogava na Salernitana (Itália), devido a um pós-operatório complicado após intervenção cirúrgica no joelho.

«As dores no meu joelho eram cada vez maiores, já nem sequer treinava entre jogos para poder recuperar e preservar o corpo. Comecei por tirar dois dias de folga, depois passaram a três, depois quatro... Perdi o ritmo de jogo para salvar o meu corpo. Os exames revelaram que não tinha cartilagem no joelho e fui operado na Áustria. A cirurgia correu bem, instalaram-me uma placa de titânio no joelho, mas, cinco meses depois, apareceu uma grande infeção. Tive de tomar comprimidos durante dois meses seguidos e removi a placa. A infeção estava a começar a comer a minha carne, era tão mau que tinha buracos na perna toda», começou por lembrar Ribéry sobre o dramático episódio.

«Apanhei a bactéria Staphylococcus aureus e fui internado de urgência, novamente na Áustria, durante 12 dias. Estava muito assustado, estive perto de amputar a perna, mas o cirurgião que me operou foi fabuloso e acabou por correr bem», finalizou o francês.

Bola de Ouro 2013, frustração que ainda não digeriu

Sobre temas mais animadores dentro do futebol, Ribéry não deixou de esconder alguma mágoa pelo facto de, em 2013, não ter conquistado a Bola de Ouro, depois de uma temporada absolutamente brilhante no Bayern, onde ganhou UEFA Champions League, Bundesliga, Taça da Alemanha e Mundial de Clubes, assim como o título de melhor jogador da Europa entregue pela UEFA.

«Foi o ano perfeito, não podia ter feito mais, para mim vai ser sempre uma enorme injustiça. Ainda hoje procuro uma explicação, mas o Messi e o Cristiano Ronaldo mostraram enorme respeito por mim, porque sabiam que eu estava a comer na mesa deles nessa altura. Com toda a humildade, em 2013 não lhes devi nada», atirou o antigo extremo.