Ricardo Ares congratulou-se com o apuramento do FC Porto para a final da Liga dos Campeões, depois de derrotar o Benfica na meia-final disputada em Matosinhos. O treinador dos dragões elogiou a capacidade de sofrimento dos seus jogadores. 

Vitória arrancada a ferros: "O jogo teve muitos momentos diferentes. No início fomos muito superiores, merecíamos ter marcado um ou dois golos. O Benfica tem boas individualidades e um coletivo forte, pelo que a chave passava por controlar muito bem o 4 para 4 deles. Fizemo-lo muito bem. Tivemos dez transições em superioridade e eles apenas quatro, o que significa que soubemos anular o seu ataque e conseguir transições. No nosso ataque de 4 para 4, arrancámos bem, mas depois faltou-nos alguma clarividência. No golo deles, definimos mal um ataque e isso provocou uma transição. Penso que, com o decorrer do jogo, tivemos ocasiões mais claras que o Benfica porque trabalhámos bem os espaços. Isto são meias finais de Champions, mas a chave em qualquer final e competição é que a equipa que defende muito bem, taticamente e com coração, acaba ganhar."

Reação ao golo sofrido: "Num jogo desta dimensão há muitos microjogos, com o impacto emocional de marcar e sofrer. Essa era a chave. Não podíamos fugir ao plano de jogo e que pensávamos que nos ia dar frutar no ataque e nas transições. Recebemos quatro transições em superioridade adversária, que acho que é uma estatística boa contra um adversário destes, apesar de termos sofrido numa delas. Era muito importante controlar isso, defender muito bem e anular as suas individuais, fazendo com que o nosso ataque fosse com sentido e equilíbrio para não lhes dar nada. Fomos melhores nos elementos chave."

Poucos sorrisos: "Ainda não alcançámos nada. Já estou a pensar no adversário que vamos ter e em baixar a euforia. O passado, seja bom ou mau, não vale nada para amanhã. Estou muito feliz por estar final da Champions, mas temos de baixar a euforia para lutar bem por ele. Vamos defrontar uma equipa que merece estar lá e vai ser um jogo muito difícil."

Vencer perto de casa: "Esta época está a ser muito dura para o clube. Está num período de transição, mas estando juntos, sem deixar de acreditar e trabalhar, o FC Porto no Hóquei, e noutras modalidades, persiste. Se estivermos juntos como hoje, com um pavilhão cheio, o FC Porto tem uma essência que outros não têm e esse é o nosso grande valor. Seja qual for a situação, lutamos para conquistar, porque este é um clube vencedor."