Confirmação vs desilusão. Azar vs sorte. Sensação vs pressão.

Os traços predominantes que separam Suíça e Itália. A seleção helvética confirmou, perante a Alemanha, que não está no Euro para brincadeiras. Praticou um futebol positivo, marcou - podia ter marcado mais -, mostrou-se serena nos dois momentos do jogo, mas acabou por ter azar na reta final.

Apesar de ter sofrido o empate nos descontos, a Suíça segue sem perder e com um registo que promete surpreender. Quiçá, ser a grande sensação do torneio.

Do lado oposto, o campeão em título. A Itália, apesar da pressão, não tem conseguido exibir-se a um nível assinalável e tem tido alguma sorte (ou, como quem diz, Gigi Donnarumma, que tem sido o grande herói italiano até ao momento). Apesar disso, e com alguma felicidade à mistura, a seleção italiana seguiu em frente no grupo da morte e procura evitar, diante da Suíça, ser a grande desilusão do Euro.

Confiança e mudança

Murat Yakin, selecionador da Suíça, mostrou-se confiante em conferência de imprensa de antevisão e preferiu focar-se na sua equipa: «Não nos queremos preocupar muito com a Itália. Na verdade, é o oposto: a Itália é que precisa de se preocupar connosco. Estamos de bom humor, somos imprevisíveis e vamos tentar tirar algo do jogo», referiu.

Últimos Resultados

Suíça vs Itália
31 Jogos, 4V 18E 9D (DG: 34-40)

Últimos Resultados:
21: SUI 3-0 ITA
21: SUI 0-0 ITA
21: SUI 1-1 ITA
10: SUI 1-1 ITA
09: SUI 0-0 ITA

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Do outro lado, Spalletti assumiu que a «equipa está a melhorar», mas apontou que os jogadores estão prontos do «ponto de vista mental»: «Contra a Croácia os rapazes foram extraordinários do ponto de vista mental. Mas também temos coisas que precisamos rever e tentar melhorar. Às vezes, os erros que cometem são resultado de muito compromisso e desejo», anotou.

Confiança e um objetivo: seguir para os quartos de final. Suíça e Itália prometem um jogo intenso, competitivo e muito tático. Desde logo, pelas mudanças forçadas de ambos os lados. Widmer (Suíça) e Calafiori (Itália) estão out, ao passo que Stergiou e Mancini deverão assumir o lugar no 11.

Para além disso, importa estar atento ao ataque italiano que deverá sofrer mudanças. Após a prestação pobre contra Espanha e Croácia, Chiesa deverá saltar para o 11 e Scamacca deverá regressar à titularidade. Os dados estão lançados: por um lado, o chocolate suíço (bom futebol), por outro, o pragmatismo - de campeão - italiano. Só um irá seguir em frente.