Uma vitória arrancada a ferros! O Gil Vicente venceu o Farense (1-0) em Barcelos num jogo com pouca história e oportunidades, decidido em período de descontos. Os da casa tiveram as melhores oportunidades e foram superiores ao aflito Farense.
A vitória ajusta-se aos de Barcelos pela incapacidade dos algarvios criarem perigo durante todo o jogo. Bamba, na sequência de um canto, decidiu a partida e ofereceu a quase garantida manutenção aos da casa, que alargam para oito pontos a vantagem para o lugar de playoff.
Uma mão cheia... de nada
Em Barcelos, uma final para as duas equipas. O Gil Vicente com a necessidade de vencer para ganhar segurança na tabela e quase que garantir a manutenção, enquanto a urgência dos leões de Faro por vencer prendia-se com a possibilidade de igualar o AFS, que se encontra em lugar de playoff.
A história do primeiro tempo no Cidade de Barcelos é muito fácil de definir: uma mão cheia de nada. Um jogo enfadonho, com poucos ou nenhuns motivos de interesse e sem oportunidades dignas desse nome.
Os da casa assumiram uma postura mais ofensiva, com intenção de ter mais bola, mas todas as tentativas de entrar no último terço esbarraram em perdas de bola infantis ou em cortes simples da defensiva contrária.
A única aproximação digna de registo dos primeiros 45´ minutos aconteceu a dois minutos do fim do mesmo e nem aconteceu através de um remate. Félix Correia trabalhou pela esquerda, cruzou e Tomás Ribeiro cortou para a própria baliza, mas Kaique respondeu com uma boa defesa.
Não perder interessava mais do que ganhar, certamente.
Bamba decidiu nos descontos
As expectativas para o segundo tempo eram baixas, tal foi o nível do primeiro porém, olhando para o copo meio-cheio, pior era difícil fazer.
O primeiro quarto de hora seguiu a mesma toada do primeiro tempo. Futebol fraco, sem rasgos de magia de nenhuma das partes e com as balizas a não aparecerem sequer na transmissão televisiva. Depois disso, a equipa de César Peixoto pareceu dar sinais de vida.
Primeiro, João Marques não conseguiu desviar para golo um cruzamento de Zé Carlos, quando já se encontrava com a baliza escancarada. Depois, Bamba tentou picar a bola na cara de Kaique e este fez a mancha exemplarmente.
As duas oportunidades em menos de um fósforo pareciam demonstrar uma nova cara do Gil Vicente, mas a reação foi sol de pouca dura. A balança equilibrou-se novamente e o jogo não saiu do mais ou menos até perto do final do jogo.
Na fase final, o Gil Vicente voltou a carregar e a audácia foi recompensada em tempo de compensação. Bamba, na sequência de um canto e já num remate de ressaca, fez o único golo da partida e explodiu o Estádio Cidade de Barcelos! A manutenção está muito perto para a turma de César Peixoto.