
A Autoridade de Conduta Financeira britânica (FCA, em inglês) multou o banco digital Monzo em 21,1 milhões de libras (24,4 milhões de euros) por falhas na abertura de contas entre agosto de 2020 e junho de 2022.
Em causa estão deficiências no acompanhamento e vigilância na abertura de contas de clientes entre agosto de 2020 e junho de 2022, bem como os controles implementados para combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, refere um relatório publicado nesta terça-feira e citado pela Europa Press.
Segundo o documento, os controlos de prevenção da criminalidade do Monzo “não acompanharam” o “rápido crescimento” da carteira de utilizadores da empresa, que passou de 600.000 para mais de 5,8 milhões em 2022.
A autoridade refere que a entidade não soube conceber ou implementar um sistema adequado para a avaliação do risco dos clientes, permitindo a criação de contas com endereços impossíveis, como o Palácio de Buckingham ou a sede do Governo britânico.
“O Monzo registou clientes com informações limitadas e, em alguns casos, obviamente implausíveis, como aqueles que usavam como endereço monumentos londrinos bem conhecidos”, disse a codiretora de execução e supervisão de mercados da FCA, Therese Chambers, que acrescentou que tal “mostra falhas dos controlos de crimes financeiros da Monzo”.
Segundo a responsável, o banco digital estabeleceu e concluiu um programa sobre criminalidade financeira “para corrigir e melhorar o seu quadro geral de controlo”, em consonância com as recomendações “formuladas pelo estudo independente”.
O diretor executivo do Monzo, TS Anil, citado pela Europa Press, constatou que os problemas apontados pela FCA se referem a factos “claramente passados” e que a empresa tem agora “a mais recente tecnologia” para as temáticas de prevenção.
O banco digital Monzo não tem licença do Banco de Portugal e por isso não presta serviços financeiros no nosso País.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT50