
Portugal vai ajudar Cabo Verde a criar parcerias para enviar amostras de compatibilidade para o estrangeiro, permitindo em breve o arranque dos transplantes renais no país.
Durante uma visita no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), na capital Praia, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (SENEC), Ana Isabel Xavier afirmou que vão continuar a apoiar este circuito [de transplante de órgãos] que é relativamente complexo em termos de parcerias com privados.
“Isto significa um diálogo muito estreito com a TAP, Rangel [empresa de logística], Instituto de Sangue de Portugal e outras entidades. A cooperação portuguesa apoia a iniciativa desde o início, sendo uma das linhas de acção definidas na cimeira bilateral realizada em Janeiro, em Lisboa”, disse Ana Isabel Xavier.
“Estamos muito entusiasmados com a perspectiva de que, em breve, teremos aqui um bloco com capacidade própria, com uma apropriação financeira e médica por parte do Governo de Cabo Verde, para potenciar a política de saúde pública nesta área, tão importante para os cabo-verdianos”, acrescentou.
Segundo o presidente do conselho de administração (PCA) do HUAN, Evandro Monteiro, graças ao esforço interno e à parceria com Portugal, “falta muito pouco” para o início dos transplantes renais em Cabo Verde.
“Faltam apenas os últimos trabalhos para termos um bloco operatório funcional para transplantes e outras cirurgias. Posso garantir que, dentro de um mês, no máximo, estará operacional”, perspectivou Evandro Monteiro.
Já está em curso a formação da equipa responsável pela validação interna da admissibilidade dos transplantes, com os aspectos jurídicos equacionados e a equipa constituída.
“Falta apenas concluir o espaço físico do bloco operatório, que está na fase final. Nos últimos meses demos passos significativos”, afirmou o presidente do conselho de administração PCA, citado pela Lusa.
O prazo deverá coincidir com a conclusão de um novo bloco operatório no Hospital Universitário Agostinho Neto.