
Pedro Proença e a sua direção decidiram desistir do processo judicial que a Federação Portuguesa de Futebol mantinha contra o Expresso, negando-lhe o acesso a um conjunto de informações sobre a gestão financeira e patrimonial da instituição desde 2011. Numa nota divulgada esta quinta-feira na sua página eletrónica, a entidade diz que a decisão foi tomada “de forma unanime” pela atual equipa e “em nome das melhores práticas da transparência”.
“A Federação Portuguesa de Futebol informa que a Direção deliberou, de forma unânime, apresentar desistência do recurso interposto para o Tribunal Constitucional quanto às sucessivas decisões, nas mais diversas instâncias, relativas ao pedido de jornalistas do jornal Expresso”, diz a nota informativa. Pedro Proença acrescenta ainda que, “em nome das melhores práticas da transparência, na defesa das quais a Direção da Federação Portuguesa de Futebol será sempre intransigente, a Federação Portuguesa de Futebol informou já a Direção do Expresso da decisão tomada”.
Em dezembro de 2022, na sequência do caso Femacosa, envolvendo o acordo de salarial com Fernando Santos, o Expresso, recorreu à Comissão de Acesso aos Dados Administrativos (CADA), queixando-se do facto de a FPF se ter negado a facultar um conjunto alargado de informação considerada fundamental para enquadrar os atos de gestão de Fernando Gomes. A CADA daria razão ao jornal, mas o caso arrastou-se pelos tribunais, tendo chegado entretanto ao Tribunal Constitucional, para onde a FPF tinha interposto o último recurso. O processo judicial deverá agora ser encerrado.