O produto interno bruto (PIB) da região administrativa especial chinesa tinha crescido 15,7% na primeira metade de 2024, em termos anuais.

Entre janeiro e setembro, o PIB de Macau atingiu 301 mil milhões de patacas (35,5 mil milhões de euros), adiantou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

A economia de Macau tinha voltado a crescer em 2023, com o PIB a subir 80,5%, graças ao fim da política 'zero covid' e a retoma do turismo, invertendo uma contração de 21,4% em 2022.

A China levantou em 06 de fevereiro de 2023 todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades.

Em resultado, o benefício económico das apostas feitas por visitantes em casinos aumentou 28,4% em termos anuais nos primeiros nove meses de 2024%, sublinhou a DSEC, em comunicado.

Pelo contrário, o benefício económico dos outros serviços turísticos caiu 6,1%.

Macau recebeu entre janeiro e setembro 25,9 milhões de visitantes, mais 30,1% do que no mesmo período do ano passado, enquanto as receitas do jogo cresceram 31,3%, para 169,4 mil milhões de patacas (18,9 mil milhões de euros).

A DSEC destacou ainda uma subida no investimento privado, incluindo acréscimos de 31,5% no investimento em equipamento e de 11,6% do investimento em construção, devido à "melhoria constante do ambiente de negócios" em Macau.

O consumo privado aumentou 5,8%, "graças à subida das receitas dos residentes, a qual foi impulsionada pela recuperação contínua da economia local e do mercado de trabalho", referiu a DSEC.

Pelo contrário, as despesas do Governo caíram 10,1%, após o fim das medidas de apoio económico, que incluíram dar oito mil patacas (944 euros) a cada residente, montante que podia ser usado para efetuar pagamentos, sobretudo no comércio local.

Também o investimento público em construção diminuiu 8,6%, devido à conclusão de parte das obras públicas de grande envergadura, acrescentou o comunicado.

A DSEC destacou que a economia de Macau, com cerca de 687 mil habitantes, representou 87,3% do PIB registado na primeira metade de 2019, antes do início da pandemia.

No final de outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia de Macau este ano e no próximo, num relatório em que alertou para uma crise mais prolongada no imobiliário chinês.

A instituição disse acreditar que o PIB da região vai crescer 10,6% em 2024, abaixo da previsão de 13,9% feita em maio.

O FMI reviu também em baixa, de 9,6% para 7,3%, a previsão para o crescimento da economia de Macau em 2025.

VQ (MBA/JMC/JPI/CZL) // CAD

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