A decisão da Reserva Federal (Fed), o banco central norte-americano, em iniciar, na quarta-feira, um ciclo de cortes com uma descida robusta de meio ponto percentual (50 pontos-base, em termos técnicos) animou as bolsas no dia seguinte em todo o mundo.
O contágio positivo continuou esta sexta-feira na Ásia, mas não na Europa, onde as bolsas fecharam no vermelho. Com os ganhos após a decisão da Fed, o índice MSCI para a Ásia e Pacífico conseguiu recuperar, à tangente, as perdas acumuladas no choque de início de setembro. Mas, no caso da Europa, o índice MSCI para a região ainda regista perdas de 1,2% em relação ao final de agosto. Este índice MSCI europeu abrange 15 mercados desenvolvidos da União Europeia, Noruega, Reino Unido e Suíça.
Esta sexta-feira foi particularmente penalizadora nas principais bolsas europeias, com os índices de referência em Amesterdão, Frankfurt, Londres e Paris a perderem mais de 1%. No caso de Lisboa, a queda do índice PSI 20 foi marginal, sendo a mais pequena na Europa.
À hora de fecho da sessão na Europa, as duas bolsas em Nova Iorque registavam perdas nos índices Nasdaq e S&P 500 e um ganho ligeiro no Dow Jones.
No sector da tecnologia, o índice mais castigado esta sexta-feira foi o relativo à Europa. O Eurostoxx 600 Tech perdeu 2,7%, enquanto o Hang Seng Tech, da bolsa de Hong Kong, onde estão cotadas as estrelas tecnológicas chinesas, ganhou 1,4%. Em virtude da divergência de desempenho esta sexta-feira, o índice de Hong Kong regista um ganho mensal de 4%, enquanto o índice europeu acumula ainda perdas de 4%.