A Lone Star anunciou esta sexta-feira que chegou a acordo com o BPCEpara a venda do Novo Banco por um montante equivalente a uma valorização de 6.400 milhões de euros para 100% do capital social.

Fonte do Governo disse à SIC que esta é “uma grande vitória para Portugal. Um dos maiores bancos europeus, que não tem sinergias em Portugal, paga 1.5x o book value de um banco português. Mantemos a estrutura de mercado bancário e temos um player muito focado no crédito às empresas”.

Num comunicado enviado às redações, o Ministério das Finanças, liderado por Joaquim Miranda Sarmento, explica que “esta operação conclui um longo processo, iniciado com a resolução do BES e a posterior alienação, em 2017, do Novo Banco à Lone Star, contribuindo para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro português”.

“A compra por parte do BPCE representa para Portugal um sinal muito importante de confiança dos investidores internacionais no nosso país e na economia nacional. O BPCE é um banco de elevada credibilidade, solidez e performance. A proposta do BPCE permitirá a criação de valor e o apoio à economia nacional e às empresas portuguesas.”

Esta operação permite ao ministério, também, “uma maior diversificação dos investidores e acionistas dos bancos que operam em Portugal, evitando assim uma desnecessária concentração geográfica, como o Governo advertiu e mostrou-se contra".

Garante, ainda, a “manutenção da atual estrutura do mercado bancário nacional, sem que ocorram problemas resultantes de um eventual processo de concentração, nomeadamente de uma reestruturação, e salvaguarda os níveis de concorrência no sistema bancário português”.

O BPCE é o segundo maior banco francês e um dos maiores da Europa. Esta venda, associada à distribuição de dividendos do Novo Banco que ocorreu em 2025, vai permitir ao Estado Português “a recuperação de quase 2 mil milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição".