O ministro da Economia, Plano e Integração Regional da Guiné-Bissau, Soares Sambu, salientou nesta Quarta-feira as oportunidades e vantagens de explorar a cooperação económica na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Sambu falava na abertura do II fórum económico empresarial da CE-CPLP (Confederação Empresarial-CPLP), que decorre em Bissau, sob o lema: “Segurança alimentar, tecnologia e sustentabilidade”, juntando cerca de 100 empresários.

O governante guineense apontou a “partilha da língua, os laços históricos comuns e a aproximação cultural” como factores que poderão ser explorados para desenvolver negócios e projetos no espaço CPLP.

O ministro da Economia, Plano e Integração Regional guineense começou por apresentar as realizações e projectos de desenvolvimento em curso no país, no âmbito de uma Agenda Estratégica 2022-2027 que privilegia a concertação entre agentes públicos e privados.

O governante guineense apontou para oportunidades no setor do caju, principal produto agrícola e de exportação do país, que recentemente beneficiou de um financiamento de cinco milhões de dólares do Banco Africano de Desenvolvimento (BOAD), das potencialidades da manga e do arroz, cujo setor deverá receber um financiamento de 40 milhões de dólares do Banco Mundial.

A Guiné-Bissau está, também, a aguardar um financiamento do Banco Mundial no valor de 60 milhões de dólares para investir no setor da economia digital, assinalou Soares Sambu, lembrando que recentemente o Governo reduziu para 50% o custo de constituição de empresas no país.

O ministro assinalou que estas “iniciativas estruturantes” são atrativos que a Guiné-Bissau pode colocar à disposição de empresários da CPLP com a convicção de que “visam melhorar o ambiente de negócios e potenciar setores chave da economia”.

Soares Sambu reconheceu que os países da CPLP, “enfrentam na generalidade grandes desafios em matéria de governação económica” nomeadamente, na otimização da gestão das finanças públicas e na melhoria do ambiente de negócios, contudo, afirmou que existem enormes potencialidades a explorar.

“Dispomos de factores que constituem vantagens competitivas do nosso espaço: a partilha de uma língua comum, a existência de fortes laços históricos e a aproximação cultural dos nossos povos”, notou Soares Sambu, citado pela Lusa.