A zimbabueana Kirsty Coventry tornou-se esta segunda-feira simultaneamente na primeira mulher e primeira pessoa africana a presidir ao Comité Olímpico Internacional (COI), sucedendo ao alemão Thomas Bach no organismo com 131 anos de história, sediado em Lausana, Suíça.

“Hoje, é um dia de alegria, ao passar a tocha a uma nova geração. Abre-se perante nós um novo capítulo, repleto de oportunidades, impulsionado por uma energia e um propósito renovados. É o momento de celebrar a vitalidade duradoura da nossa missão partilhada”, disse Thomas Bach, que liderou o COI nos últimos 12 anos e que passou a ser presidente honorário da instituição.

A antiga campeã olímpica de natação, de 41 anos, e que era ministra do desporto no Zimbabué, tornou-se a 10.ª pessoa a dirigir o organismo que vai comandar durante oito anos, com possibilidade de prorrogar por mais quatro.

Sendo assim, estará à frente da instituição nos Jogos de Los Angeles, em 2028, e de Brisbane, em 2032.

Nascida em Harare, em 16 de setembro de 1983, Coventry foi presidente da Comissão de Atletas (2018-2021) e membro da direção executiva (2018-2021) do COI, a que pertence desde 2013.

Quando foi eleita para o cargo, a sete vezes medalhada olímpica presidia à Comissão de Coordenação dos Jogos Olímpicos da Juventude Dakar (2026) e dos Jogos Olímpicos Brisbane (2032).

Kirsty era considerada a candidata da continuidade do trabalho de Bach, acabando eleita logo na primeira ronda de votações, com 49 dos 97 votos possíveis, com o espanhol Juan Antonio Samaranch Jr. a receber 28 votos e o britânico Sebastian Coe, à frente da World Athletics (federação internacional de atletismo), apenas oito.

Na corrida com maior número de candidatos de sempre, o francês David Lappartient e o japonês Morinari Watanaben tiveram ambos quatro votos, enquanto o jordano Feisal Al Hussein e o sueco Johan Eliasch se ficaram pelos dois cada.

(LUSA)