
A Audi, do Grupo Volkswagen, informou que o volume de negócios caiu no ano passado para 64.532 milhões de euros, menos 7,6% em relação a 2023.
O lucro operacional também piorou, para 3.903 milhões de euros, menos 37,8% do que no ano anterior, queda que, de acordo com a empresa, foi motivada pelos custos de reestruturação decorrentes do encerramento da unidade de produção em Bruxelas.
Devido à descida dos lucros, a marca deverá suprimir 7.500 postos de trabalho na Alemanha até ao final de 2029, a fim de economizar, a médio prazo, mais de mil milhões de euros por ano.
O presidente executivo (CEO) da Audi, Gernot Döllner, disse na apresentação dos resultados que "as mudanças económicas globais e a intensificação da concorrência internacional representam grandes desafios para a Audi e para a indústria como um todo".
A Audi, que também detém as marcas Bentley, Lamborghini e Ducati, vai concentrar-se em 2025 no rejuvenescimento do seu portefólio com "numerosos modelos novos".
"Estamos também a dar especial ênfase ao nosso posicionamento nos principais mercados da China e da América do Norte", acrescentou Döllner.
As fábricas alemãs de Ingolstadt e Neckarsulm pretendem tornar-se mais produtivas, mais rápidas e mais flexíveis para conseguir a transição para a mobilidade elétrica.
As marcas Audi, Bentley, Lamborghini e Ducati entregaram 1.692.548 veículos no ano passado, menos 11,8% em relação a 2023 e 54.495 motociclos, menos 6,4 % em relação ao ano anterior.
Nos planos da Audi constava o lançamento de 20 novos modelos em 2024 e 2025, metade dos quais elétricos.
A Audi vai atribuir aos seus trabalhadores qualificados na Alemanha um bónus de 5.310 euros como participação nos resultados de exploração da empresa, sendo que em 2023 o valor foi de 8.840 euros.
A empresa prevê que 2025 seja "outro exercício difícil", no qual terá um volume de negócios entre 67,5 e 72,5 mil milhões de euros.
AJR // EA
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