O Sindicato dos Jornalistas (SJ) disse hoje ter tomado conhecimento da intenção da Medialivre, dona do Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios e da revista Sábado, avançar com um "despedimento coletivo", focado nos fotojornalistas, procedimento que vai "contestar por todas as vias".

Questionada sobre estas declarações, fonte oficial da Medialivre destacou que "nos últimos meses a empresa recrutou mais de 100 novos colaboradores para diversas áreas de desenvolvimento".

"Dentro da boa gestão, vamos reduzir até 10 postos de trabalho, numa área específica onde a empresa tem recursos em excesso para a sua atividade", sinalizou, acrescentando que "a empresa conta com 730 trabalhadores".

Em comunicado, o SJ disse ter sido surpreendido por esta decisão, que vai reduzir o número de trabalhadores em órgãos como o Correio da Manhã, o Record, Jornal de Negócios e a revista Sábado, e caracterizou-a como "inqualificável", particularmente por ser anunciada na véspera do Dia do Trabalhador.

O SJ criticou ainda a forma como este despedimento coletivo foi comunicado aos trabalhadores, como "um facto consumado, sem qualquer hipótese de diálogo, e com pressa em dispensar estes colegas", tendo feito a comunicação a "pelo menos a dez trabalhadores - apanhando uns em serviços, outros de folga ou de férias - numa sequência apressada de reuniões, convocadas de véspera".

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