"Acredito na unidade do Ocidente e acredito que temos simplesmente de conversar e encontrar o melhor meio-termo para crescermos juntos, é por isso que estou aqui", disse Giorgia Meloni no início do encontro com Trump na Casa Branca.

Meloni acrescentou que se não acreditasse que os Estados Unidos são um parceiro fiável, não estaria agora em Washington.

O encontro entre Meloni e Trump ocorre num momento de negociações a alto nível, na sequência das tarifas impostas por Washington aos parceiros comerciais.

"Estou certa de que podemos chegar a um acordo e estou aqui para ajudar. Não posso negociar em nome da União Europeia (UE). O meu objetivo seria convidar o Presidente Trump para uma visita oficial a Itália e ver se existe a possibilidade de organizar uma reunião semelhante com a Europa", sublinhou Meloni, aludindo à necessidade de falar com franqueza.

Meloni, que foi a única chefe de governo da UE presente na tomada de posse de Trump em janeiro passado, procura nesta visita assumir-se como a intermediária entre o bloco europeu e os Estados Unidos.

Nas vésperas deste encontro, Roma indicou procurar um compromisso de "tarifas zero" para bens industriais nas trocas comerciais entre ambos os blocos, mas vários responsáveis europeus advertiram contra iniciativas bilaterais nas negociações com os Estados Unidos que comprometam a unidade europeia.

Na semana passada, Bruxelas anunciou medidas para fazer face às taxas de 25% sobre o aço, alumínio e automóveis europeus, impostas pelos Estados Unidos, bem como tarifas de 20% ao bloco comunitário. Contudo, estas encontram-se suspensas, durante 90 dias, para permitir as negociações.

SCA // EJ

Lusa/Fim