O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, destacou que Portugal tem sido pródigo na criação de instrumentos inovadores na relação com os parceiros africanos, algo que deve ser um bom exemplo para a forma como outros países olham para o mercado africano.

A ideia foi defendida esta sexta-feira pelo governante na conferência EurAfrican Forum 2025: “A conversão de dívida em investimento verde e ambiental como temos desenvolvido com Cabo Verde e com São Tomé e Príncipe é um bom exemplo de instrumentos inovadores”.

Miranda Sarmento realçou o facto de vivermos num tempo “marcado por incertezas a vários níveis”, sendo que “este é um momento de risco mas exige ação”: “São vários os desafios que não conhecem fronteiras. Temos que investir em cadeias de abastecimento em África”, destacou.

“A nova vaga de financiamento pode alavancar as economias africanas, é uma decisão estratégica que precisamos para alcançar uma prosperidade partilhada. O sector financeiro tem uma grande responsabilidade nesta missão”, enfatizou.

Para o ministro das Finanças, “desbloquear o financiamento é repensar orçamentos e criar sinergias com instrumentos financeiros inovadores e facilitar parcerias que possibilitem real valor acrescentado para todos os parceiros”.

“É importante que cada euro ou dólar investido possa criar emprego e com isso, estimular o desenvolvimento. Para Portugal, a distância nunca foi uma barreira. Os laços com África foram sempre uma realidade. O papel da diplomacia é essencial”, concluiu.