
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, lançou, recentemente, na comunidade de Mavanza, distrito de Vilankulo, província de Inhambane, o projecto da Cidade Petroquímica Nacional, um dos maiores empreendimentos industriais da história do país, com um investimento inicial de dois mil milhões de dólares.
O projecto, que visa transformar Moçambique num polo estratégico de produção química e energética em África, deverá criar mais de nove mil postos de trabalho e impulsionar significativamente o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
“É com muita satisfação, que estamos, hoje, nesta comunidade de Mavanza […] para testemunhar um acto de grande significado para a província de Inhambane e para o nosso país, que é o lançamento do projecto de construção da Cidade Petroquímica Nacional”, afirmou o Presidente Chapo, durante o acto oficial.
O empreendimento será desenvolvido pela Phoenix International Group, a mesma empresa que, há duas semanas, iniciou a construção de cerca de seis mil apartamentos na zona da Costa do Sol, em Maputo.
“Esta decisão mostra a confiança dos investidores estrangeiros para com Moçambique como destino seguro do investimento privado”, destacou o Chefe de Estado, encorajando outros empresários a seguirem o exemplo.
Nos próximos quatro anos, segundo uma nota publicada no website da Presidência da República e consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a comunidade de Mavanza deverá ser transformada num parque industrial de classe mundial, com infraestruturas de última geração, incluindo refinarias, centrais térmicas, unidades de produção de fertilizantes, plásticos e produtos petroquímicos como amoníaco, ureia e cloro, bem como uma área residencial equipada com escolas, hospitais e centros comerciais.
“Com um investimento inicial na ordem de dois mil milhões de dólares americanos, o projecto da Cidade Petroquímica Nacional vai criar cerca de 4.300 empregos directos e cinco mil empregos indirectos”, disse o chefe de Estado, acrescentando que “cerca de cem jovens vão, imediatamente, para fora do país em bolsas de estudo, para que regressem […] para assumir grandes cargos de direcção e chefia nesta cidade petroquímica”.
O Presidente da República sublinhou ainda que o projecto terá uma capacidade de produção anual superior a um milhão de toneladas de produtos petroquímicos, representando cerca de 1.150 mil milhões de meticais no PIB nacional.
“É uma transformação fenomenal que estamos a fazer, como Governo, com a nossa visão, para que a riqueza nacional seja transformada em Moçambique com a criação de mais empregos para os moçambicanos”, enfatizou.
O estadista reiterou ainda que a instalação desta centralidade industrial segue a política do Governo de promover o processamento interno de recursos naturais como o gás e as areias pesadas, agregando valor à matéria-prima e combatendo a dependência económica.
“Queremos construir mais estradas, mais hospitais, mais escolas, mais medicamento para a nossa população, mais livros ‘mahala’ [gratuitos], mais expansão de energia eléctrica, mais água para o nosso povo”, afirmou.
O chefe de Estado fez um apelo à paz e estabilidade como condição indispensável ao desenvolvimento, elogiando a população local pela sua postura ordeira.
“Quando soubemos que a nossa população de Mavanza não aderiu à onda de manifestações violentas […], confirmámos que Inhambane ama a paz e é a verdadeira Terra de Boa Gente”, declarou.