Fernanda Serrano integra o elenco de A Protegida, onde faz de Clarice. “Ela é muito divertida. Já há muito tempo que não tinha uma personagem que me divertisse tanto, que me deixasse assim tão leve. Tudo aquilo que às vezes as pessoas pensam, mas acham que não podem reproduzir ou verbalizar, ela faz. Ela abre a boca e as palavras saltam. Só uma mulher como ela pode oferecer o marido à maior rival, não é? Mas claro que com vantagens para ela”, começa por contar, explicando que “por mais estranho que pareça, para a Clarice, por amor vale tudo. Porque tendo essa segurança com o marido, é impossível eles perderem-se um do outro”.

De sorriso no rosto, a atriz revela estar “mesmo muito feliz. É bom, ao fim de tantos personagens, ainda haver esta felicidade em descobrir desafios no trabalho. Quando isso deixar de acontecer, eu acho que já não estou aqui a fazer nada”, explica. “Ao fim de 31 anos, ainda continuo a achar que estou no início do meu percurso, o que é bom. Ainda quero sentir esta frescura e esta energia de início de carreira.”

Fernanda Serrano confia no sucesso da novela. “O público vai gostar e da minha Clarice também. Para ela, tudo é válido, em prol do amor e pela estrutura da família. E isso é bonito de ver. É muito latino, é muito sangue na guelra.” E a atriz não esconde que se identifica com esse lado dela. “Sim, pela família vale tudo. Os meus filhos estão uns crescidos. O Santi vai fazer 20 anos e a Laura, no final do ano, também vai atingir a maioridade. A Maria Luísa vai muito ali à boleia da irmã, porque são muito próximas. Resta-me ali a pequenina, que é um diamantezinho. Eles são uns queridos.”

Orgulhosa do percurso dos filhos, Fernanda Serrano partilha ter “aqui estes horários totalmente atípicos. Às vezes penso assim: ‘Mas como é que eu consegui propor-me a ser mãe de tantos filhos com esta loucura de vida?’ Mas a verdade é que foi uma decisão minha. Quatro decisões minhas. Apesar do trabalho, nunca descurei o papel de mãe. Eu não tenho vida social, não tenho, não existe, mas foi uma decisão minha. Eu não sou uma mãe amargurada e em momento algum me sinto arrependida por isso. É um prazer estar com os meus filhos”.

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Textos: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Divulgação TVI