Na novela A Protegida, na TVI, Joaquim Horta dá vida a Óscar. “Estou a gravar só há três semanas. Ainda não tenho muitas certezas sobre quem é o Óscar. Houve alguns ensaios e algumas conversas que ajudam a esclarecer e apontar direções. O Óscar é ex-polícia. Junto de amigos polícias tentei saber um bocadinho sobre este percurso, se é possível, e contaram-me várias histórias que o apontam como possível. Nesta procura, não procuro que me digam como é que eu vou fazer, mas é um bocadinho para tentar aqui criar um colchão de segurança, para estar mais confiante a fazer”, conta, adiantando ainda que: “Do estou a ler, agrada-me a história dele. Eu acho que é uma personagem que vai criar aqui dualidade de sentimentos no público. De início, não vão gostar, e vão desconfiar bastante, o que é bom. Mas acho que mais tarde vão-se reencontrar com ele, e acho que até vai haver aqui uma empatia possível.”

Logística familiar

Pai de três filhos, conciliar as gravações com a vida familiar não é tarefa fácil. “Bom, isso é um problema, na realidade. Os gémeos estão com três e ela está com seis. É difícil, tens de estar sempre a fazer contas às agendas, para ver quem é que vai levar à escola, quem é que vai buscar, quem é que fica com, quem é que trata de refeições, quem é que trata de trabalhos de casa. É sempre aqui um esquema difícil, porque esta profissão não permite tu acumulares com outras funções. Não dá para fazer teletrabalho, não dá para teres algum espaço de manobra para conseguires fazer coisas em casa. Tens de estar aqui presente e também levas trabalho para casa, mas que não podes fazer ao mesmo tempo que estás a fazer outra coisa. Portanto, é o que é, tens de conciliar.” E não esconde que que o maior desafio é: “A dificuldade em conseguir passar tempo com eles e depois à noite ainda estudar das cena. Esse é um aspeto logístico complicado. Acho que o maior desafio, ainda por cima, porque eles são três e com idades tão próximas, é realmente conseguir estar para todos.”

Fevereiro é o mês do amor e o ator não descura o dia dos Namorados. “Já houve tempos em que isso realmente tinha um espaço. Agora, pronto, a logística é maior e é mais difícil arranjar-mos tempo para nós os dois, mas é importante manter o romance, claro. Se não for nesse dia, que celebremos noutro. Por acaso, eu acho que não é nesse dia, porque eu até acho que a Catarina tem trabalho, mas se não for nesse dia ou outro, acho que é importante celebrar o amor”, partilha, adiantando ainda que: “ Realmente, os filhos são também um grande desafio. Eles absorvem muito. Temos de não perder essa consciência de que é importante nós tirarmos tempo para os dois, nós estarmos bem os dois, para toda a família estar bem.”

Leia a entrevista completa na TV 7 Dias já em banca.

Texto: Neuza Silva (neuza.silva@impala.pt); Fotos: Helena Morais e Reprodução Instagram