
Zalia Oliva tinha uma vida plena e promissora: estudava no Grand Canyon University, no Arizona (EUA), com o objetivo de ingressar na polícia de Los Angeles e tinha acabado de se apaixonar por um rapaz que conheceu em novembro de 2023. No entanto, tudo mudou a14 de abril do ano passado.
Num trágico acidente de viação, a jovem não só viu o namorado morrer nos seus braços como ficou paralisada do pescoço para baixo, aos 18 anos. O casal, que vivia praticamente juntos, entre o trabalho e a universidade, planeava encontrar-se com os amigos. “Não me lembro do acidente, mas a minha irmã contou-me", recordou à People, explicando que Shane Brian Johnson faleceu no impacto.
Os três meses seguintes foram passados em três hospitais diferentes e chegou a estar um mês em coma. "Descobri que estava paralisada pela minha enfermeira durante uma mudança de turno. Não ouvi dos meus pais", revelou. Após acordar, respirar sozinha foi um processo difícil. “Lembro-me da primeira vez que consegui comer, beber e falar ao fim de seis semanas. A minha mãe e eu chorámos na primeira vez que eu disse ‘amo-te’", explicou.
Agora, dez meses depois do acidente, um pequeno movimento trouxe esperança. No passado dia 7 de março, Zalia publicou um vídeo no TikTok onde surpreendeu os seus milhares de seguidores ao mexer a perna, sem ajuda, e tornou-se viral. “Podem ouvir a minha mãe a chorar ao fundo no vídeo. Foi um momento feliz", disse à revista britânica. Agora com 19 anos, a jovem está em Portugal a fazer tratamentos de fisioterapia, mostrando melhorias significativas, como pode ver no vídeo abaixo.
A dor física e as limitações estão ainda muito presentes no seu dia a dia. “É mais do que apenas um pescoço partido. Não consigo sentir nada do peito para baixo, os meus dedos não se mexem e preciso de ajuda 24 horas por dia, sete dias por semana", lamentou.
Porém, o movimento inesperado deu-lhe esperança. "Comecei a conformar-me com a minha cadeira de rodas, mas depois aconteceu aquilo e pensei: 'Há esperança. Alguma coisa vai acontecer'", afirmou. “Se eu mover o meu corpo para a frente e para trás, pode-se ver os meus músculos quadríceps a moverem-se. Às vezes os meus pés e pernas mexem-se quando me alongo", esclareceu.
O apoio nas redes sociais tem sido uma grande ajuda: “Eu não sabia nada sobre lesões na coluna vertebral e agora tenho amigos e seguidores que compreendem", destacou.