Ashley Christine, que vive em Los Angeles (EUA), sabia que algo "muito errado" estava a acontecer com o seu corpo e após a sua persistência - inclusive quando sofreu um pequeno incidente em Portugal - descobriu que tinha um tumor raro que afeta um em um milhão.
Tudo começou em outubro do ano passado quando sentiu dores na perna. “Se me mantivesse de pé, seria uma dor aguda. Se estivesse deitada, seria uma dor latejante”, disse a mulher de 37 anos, ao New York Post, acrescentando que "a dor se estendia do tornozelo até ao joelho".
Após consultar um médico, este disse-lhe que devia ter apenas uma rotura de ligamentos e recomendou fisioterapia. Desconfiada, Ashley pediu uma ressonância magnética, que só seria possível fazer dali a um mês. Sem outra alternativa, a mulher teve de tentar seguir com a sua vida.
No entanto, numa viagem a Portugal, no dia 28 de novembro, Ashley tropeçou. De repente, a dor agravou-se. “Estava convencida de que a minha perna estava partida. Eu não conseguia mesmo andar", afirmou, referindo que tinha quase a certeza de que era pior do que um osso partido. “Pratico esqui, snowboard, escalada, e já causei danos muito graves no meu corpo por causa destas atividades, por isso estou bem familiarizada com a sensação de um osso partido", explicou.
Segundo Ashley, os médicos em Portugal não ajudaram e insistiram também que teria de esperar muito tempo por uma ressonância magnética, o exame que tinha mais certeza que lhe daria respostas sobre a sua condição. Ao regressar a casa, usando uma cadeira de rodas no aeroporto de Los Angeles, fez finalmente o exame em meados de dezembro. O resultado: um tumor enorme estava a crescer dentro da sua perna.
"Estava basicamente a comer o meu osso"
Mesmo após a descoberta, a mulher teria de esperar mais um mês, no final de janeiro, para conseguir uma consulta com o seu oncologista. "Eu fico do género: 'Fixe. Então queres que ande com um tumor na perna durante um mês e meio?' Eu não queria perder a perna porque [o tumor] estava a comer o meu osso", recordou. Ashley mostrou-se revoltava porque “basicamente esperou um mês para descobrir se tinha cancro”.
Felizmente, conseguiu uma consulta na véspera do Natal. Olhando para o exame, o médico disse que era um tumor de células gigantes “muito grande”.“Ele disse: ‘Sim, é bastante raro, mas quando encontramos um, são enormes. Temos de tirar isto daqui”, contou. “Estava basicamente a comer o meu osso e a comprometer a minha tíbia, e ela continuará a crescer, a crescer e a crescer. Não pára.”
Segundo o New York Post, que cita a 'American Academy of Orthopaedic Surgeons', os tumores de células gigantes ocorrem em apenas uma em cada um milhão de pessoas. E mais: Embora não sejam cancerígenos, são muito agressivos e continuam a crescer se não houver tratamento.
No dia 13 de janeiro, mais de dois meses após o início da dor - Ashley foi submetida a uma cirurgia de duas horas para remover o tumor e está a recuperar, mas precisará de realizar exames com regularidade para o resto da vida. Um vídeo onde fala sobre o seu tumor e a sua frustração por ter demorado tanto tempo a conseguir as consultas de que precisava, Ashley acumulou quase três milhões de visualizações.