Com mais de dois mil anos de tradição vitivinícola, a região vai acolher dezenas de iniciativas em torno do vinho, da cultura e do património ao longo do próximo ano.

O Baixo Alentejo foi eleito Cidade Europeia do Vinho 2026 no dia 5 de julho, numa decisão tomada durante a assembleia-geral extraordinária da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), realizada no Alandroal, distrito de Évora. A distinção reconhece a forte identidade vinícola da região, em especial o icónico vinho de talha, cuja produção ancestral se mantém viva.

A candidatura vencedora abrange 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja – Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira, ficando apenas Odemira de fora.

De acordo com José Manuel Santos, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, o calendário de 2026 contará com “mais de 20 atividades, três delas com impacto mundial”. O objetivo é impulsionar a visibilidade internacional do Baixo Alentejo como destino vitivinícola de excelência, valorizando a ligação entre o vinho, a cultura, o património e a autenticidade da região.

Sob o mote “Cidade Europeia do Vinho 2026”, o programa baseia-se em seis eixos temáticos: Artes, Património, Saúde, Rua, Ciência e Desporto, com iniciativas que pretendem envolver as comunidades locais e atrair visitantes ao longo de todo o ano.

Para António Bota, presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), esta conquista é motivo de orgulho:

“Este reconhecimento demonstra ao mundo que o nosso vinho tem qualidade. Vai dignificar o Alentejo e Portugal, beneficiando os municípios que acolherão os eventos, dinamizando o turismo e o comércio local.”

A escolha do Baixo Alentejo para 2026 sucede à da região da Serra d’Ossa, no Alentejo Central, que ostenta atualmente o título de Cidade do Vinho 2025 com atividades a decorrer em Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo e Vila Viçosa.