
O Tribunal de Guimarães condenou esta terça-feira a 17 anos de prisão um professor do ensino básico da Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga, por milhares de crimes de abuso sexual de crianças. O arguido foi considerado culpado de um total de 3.734 crimes cometidos na sala de aula contra 11 alunas, com idades entre os 7 e os 9 anos, ao longo de vários anos letivos.

Além da pena de prisão, o docente fica ainda proibido de exercer qualquer atividade profissional que envolva contacto com menores durante os próximos 18 anos. O tribunal determinou também o pagamento de uma indemnização total de 157.500 euros às vítimas, todas ex-alunas do arguido.
Na leitura do acórdão, a juíza presidente sublinhou que não ficou provado o abuso com regularidade diária, conforme sustentava o Ministério Público, nem a prática dos crimes em relação a uma das vítimas. Ainda assim, o coletivo de juízes considerou os depoimentos das crianças “credíveis e consistentes”, destacando a dificuldade em apurar o número exato de ocorrências.
Durante o julgamento, o professor confessou os crimes mais graves e pediu desculpa às vítimas.