“Sabores ao Centro”, a iniciativa estratégica que tem por objetivo posicionar o Centro de Portugal como destino de turismo gastronómico de referência, foi apresentada na BTL (Better Tourism Lisbon Travel Market), que está a decorrer até dia 16 de março, na FIL. A novidade, que pretende promover a riqueza e a diversidade gastronómica da região, combinada com uma vasta oferta de vinhos de excelência, foi apresentada pelo coordenador do projeto, Carlos Martins, coincidindo com a celebração de 10 anos da criação da marca Centro de Portugal, pela Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal.
“Apresentámos a matriz em que o projeto se vai suportar e que integra os Prémios Regionais ligados à gastronomia, aos chefs e produtos locais, valorizando localmente o que é o melhor saber fazer da região, uma componente mais ligada à estruturação produto turístico e outra à comunicação, promoção e marcas, tudo muito baseado na valorização dos produtos locais, na sustentabilidade da mudança de hábitos de consumo das pessoas, por exemplo", explicou.
Destacar a diversidade da cozinha regional
O projeto “Sabores ao Centro” vai ser desenvolvido em quatro grandes áreas de atuação. Os “Prémios Sabores ao Centro" vão distinguir 12 categorias, incluindo os "10 Melhores Restaurantes", o "Restaurante Tradicional do Ano" e o “Chef Revelação”; enquanto a Agenda de Eventos se destina a promover a diversidade e a sazonalidade, dando a conhecer os múltiplos eventos gastronómicos que acontecem ao longo do ano.
Rotas Gastronómicas vão convidar a descobrir os sabores da região, com foco na sustentabilidade e produtos certificados, e a Campanha de Marketing "Sabores ao Centro" quer valorizar o talento dos chefs locais, sensibilizar para o impacto dos hábitos de consumo e promover experiências gastronómicas autênticas, focando a importância da utilização de ingredientes locais e de práticas culinárias sustentáveis para melhorar a saúde e a qualidade de vida.
“Cada uma das oito comunidades intermunicipais, que representam os 100 municípios da região, selecionou um chef embaixador e, com eles, vamos montar a seleção dos restaurantes que vão participar nos prémios e ações a promover”, acrescenta o coordenador da iniciativa. A grande missão destes embaixadores é “assumir um papel ativo na promoção e divulgação da iniciativa” e cinco nomes já foram anunciados: Diogo Rocha (Viseu Dão Lafões), Hélio Loureiro (Região de Aveiro), Luís Lavrador (Região de Coimbra), Maria Caldeira Sousa (Beira Baixa) e Ricardo Ramos (Região Beiras e Serra da Estrela).
Premiar chefs, cartas e produtos
Até ao fim do ano “vão decorrer oito ações, uma em cada uma das comunidades intermunicipais, em mercados municipais", valorizando os produtos de cada território: “por exemplo, no Mercado da Costa Nova, em Aveiro vamos fazer uma ação os produtos que vêm do mar, da ria ou da Bairrada, esclarece Carlos Martins, garantindo que ”durante meses vamos ouvir falar dos produtos das oito sub-regiões”.
Em paralelo, está prevista a organização de rotas turísticas pensadas para a promoção, em feiras através de operadores turísticos. 2025 termina com uma grande gala de atribuição de prémios, que vão distinguir carreiras, jovens talentos, as melhores cartas de vinhos regionais e produtos da região Centro.
Nova plataforma digital
De forma a compilar e organizar as centenas de eventos de gastronomia que a Região Centro concentra durante o ano, “vamos organizar a informação e criar uma plataforma de divulgação para ter um calendário de atividades”, anuncia Carlos Martins. O objetivo é que seja possível explorar ao longo de todo o ano, “de acordo com a sazonalidade dos produtos”. O projeto terá "produção de conteúdos originais, fotografia vídeo e textos e em que as caras desta plataforma são os oito chefs, escolhidos pelo próprio território, coordenados por Diogo Rocha, o único chef com estrela Michelin da região", detalha.
O novo programa tem como objetivo de posicionar o Centro de Portugal como destino de turismo gastronómico de referência. “Sabores ao Centro é um projeto de bom senso que puxa por tudo o que conhecemos, mas não é devidamente valorizado de fora", considera o coordenador do projeto, concluindo que "Portugal precisa de mais oferta turística organizada”.