Tornou-se rapidamente um fenómeno mundial por mostrar a quem a vê o impacto que as redes sociais podem ter, sobretudo nos mais jovens. Falamos da minissérie da Netflix, de quatro episódios, "Adolescência". E, esta segunda-feira, o primeiro-ministro britânico comunicou, precisamente, através das redes sociais que será transmitida nas escolas do Reino Unido.

A minissérie que aborda o tema das influências tóxicas e misóginas a que os jovens estão expostos nas redes sociais e que está a suscitar um debate social no Reino Unido, vai chegar às escolas do país.

"Trata-se de uma iniciativa importante para encorajar o maior número possível de alunos a ver a série", afirmou o primeiro-ministro Keir Starmer, que viu a série com os seus filhos adolescentes.

Falando como pai, Keir Starmer partilha que "foi muito emocionante" ver a série com os filhos porque "todos nós precisamos de ter mais essas conversas".

Neste sentido, acrescenta: "Apoiei o plano da Netflix de exibir a série gratuitamente em escolas de todo o país, para que o maior número possível de jovens possa vê-la".

Da Netflix para o Parlamento britânico

O aumento da violência entre os jovens no Reino Unido foi um dos motivos que levou o criador de "Adolescência" a ficcionar uma história que se aproxima à realidade dos dias de hoje.

“Li um artigo no jornal sobre um rapaz que tinha matado uma rapariga. E, três semanas mais tarde, estava a ver as notícias e aparece a história de um miúdo que tinha matado uma miúda à facada. Pensei: ‘o que se estará a passar na sociedade para este tipo de coisa ser tão frequente?", partilhou Stephen Graham no programa “BBC Breakfast”.

Tanto Stephen Graham, como o colega Jack Thorne, manifestaram interesse em levar a minissérie ao Parlamento britânico por considerarem que é "essencial" para perceber os problemas da sociedade atual. E foi, precisamente isso que aconteceu esta segunda-feira.

O primeiro-ministro britânico convidou os criadores da série, instituições de solidariedade social e jovens, para juntos conversarem e discutirem sobre como repensar a segurança dos adolescentes e evitar que sejam arrastados para um “turbilhão de ódio e misóginia”.

Em cima da mesa, revela um comunicado de Downing Street, esteve também a questão sobre como o governo britânico pode trabalhar para garantir que os jovens têm as ferramentas, o apoio e o ambiente de que precisam para enfrentar estes desafios.