Na reunião do Conselho de Estado desta terça-feira, e seguindo as ideias da declaração que fez na passada sexta, Pedro Nuno Santos reforçou que para o PS viabilizar o Orçamento é preciso que tenha uma vitória clara.

Ao que a SIC apurou, o secretário-geral do PS continua a insistir que, se o Governo não ceder às exigências do PS - nomeadamente no que diz respeito ao IRS Jovem e à descida do IRC -, terá de contar com o Chega para aprovar o documento.

Mas André Ventura não parece gostar desta ideia. Segundo fontes do Conselho de Estado, o presidente do Chega deu a entender que não viabiliza o Orçamento sozinho.

A SIC sabe ainda que Luís Montenegro quis mostrar-se empenhado em aproximar posições. E segundo fontes do Conselho de Estado, o primeiro-ministro mostrou-se disponível para tudo fazer para colocar um ponto final às divergências, que considera não serem grandes.

Segundo os conselheiros, Pedro Nuno terá ainda aproveitado a reunião para lamentar os ‘ataques’ que lhe têm sido dirigidos pelo Executivo nas últimas semanas, situação que considerou prejudicar as negociações.

Ainda na reunião, o Presidente da República voltou a apelar a um entendimento. Recorde-se que Marcelo tem insistido na necessidade de um acordo entre Governo e PS, posição que motivou até críticas de André Ventura, que acusa o Presidente de “interferir diretamente”.

A reunião desta terça-feira do Conselho de Estado, dedicada à análise da "situação económica e social internacional e nacional", terminou sem a divulgação de conclusões oficiais.

Na quinta-feira, Montenegro e Pedro Nuno voltam a reunir-se e desta vez com uma “proposta irrecusável” em cima da mesa, anunciou o primeiro-ministro.