
Mauro Cid, que colaborou com a Polícia Federal nas investigações contra Bolsonaro, confirmou hoje que assessores do ex-chefe de Estado lhe apresentaram um documento que previa a declaração do estado de defesa e de sítio e a detenção de magistrados do Supremo.
"O Presidente recebeu e leu. Ele, de certa forma, enxugou o documento, basicamente retirando as autoridades das prisões. Somente o senhor [juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes] ficaria como preso. O resto, não", disse Mauro Cid, que está a ser hoje interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
Para além de Mauro Cid, o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro deverá ser também interrogado hoje, estando acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de património.
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