A Argentina vai pôr fim à saúde e à educação gratuitas para estrangeiros não residentes. Estas medidas fazem parte das alterações ao regime migratório prometidas pelo Presidente Javier Milei.
O Governo quer poupar dinheiro e evitar "viagens de saúde". Na Argentina, a saúde é da responsabilidade das províncias, e quatro destas já começaram a cobrar aos não residentes pelos serviços públicos.
Em sentido contrário, a província de Buenos Aires, governada pelo centro-esquerda (oposição), já afirmou que manterá o acesso público gratuito à saúde para não residentes.
Também vai haver mudanças nas universidades
O porta-voz presidencial anunciou ainda que o Governo vai facilitar às universidades nacionais a "cobrança de propinas aos estudantes estrangeiros não residentes", o que constituirá "uma fonte de rendimento para os estabelecimentos de ensino superior".
Segundo dados ministeriais, cerca de 123 mil estrangeiros estudavam em 2022 em universidades argentinas.
O reitor da Faculdade de Ciências da Universidade de Buenos Aires Guillermo Duran lembrou, no entanto, que, para estudar, os estrangeiros já devem ter algum tipo de autorização de residência.