"Já alertámos o Governo para a necessidade que há de atender aos alertas internacionais, porque termos contas públicas saudáveis é condição essencial para a atração de investimento direto estrangeiro", disse José Luís Carneiro.

O socialista realçou que é o investimento direto estrangeiro que contribui para financiar e para capitalizar as empresas nacionais e capitalizar a economia do país, adiantando que é dessa capitalização que é possível criar riqueza, emprego, mais rendimentos e melhorar as condições de vida das pessoas.

O único candidato a secretário-geral do PS até ao momento falava aos jornalistas à margem de uma sessão, com cerca de 150 militantes, que decorreu em Aveiro, onde apresentou as linhas mestras daquilo que será a moção da sua candidatura.

Acabado de chegar de São Brás de Alportel, onde participou na apresentação da candidatura autárquica do PS naquele concelho do Algarve, Carneiro disse que tem sido muito bem acolhido, assinalando que há um movimento que está a emergir das bases para a sociedade civil.

"Algo que me sensibiliza é que estão a aparecer muitas pessoas da sociedade civil. Ontem [sábado] na apresentação da candidatura, tivemos pessoas da economia, das empresas, da cultura, da inovação, da criatividade, que vieram ao nosso encontro transmitir-me que me querem apoiar, que me querem ajudar a reerguer o Partido Socialista, e essa é a minha primeira grande missão", afirmou.

José Luís Carneiro disse que se não surgir outra lista até ao dia 12, quando acaba o prazo para a apresentação das candidaturas, isso significa que há uma convergência para a unidade, tendo em vista fortalecer a capacidade de resposta e de diálogo com a sociedade civil.

"Quanto mais rapidamente nós nos reconstituirmos como uma força liderante da oposição, mais rapidamente nós conseguiremos também afirmar essa alternativa à sociedade portuguesa", acrescentou.

O candidato disse ainda que nos próximos tempos irá continuar a ouvir os militantes e a sociedade civil, para aperfeiçoar a moção que pretende levar ao futuro Congresso.

Quanto à decisão sobre quem o PS irá apoiar nas eleições presidenciais, Carneiro referiu que a prioridade neste momento são as eleições autárquicas, adiantando que no momento oportuno, os órgãos do PS tomarão uma decisão democrática sobre as eleições presidenciais.

Esta é a segunda vez no espaço de um ano e meio em que José Luís Carneiro se candidata à liderança do PS, depois de, em 2023, ter perdido a disputa interna para Pedro Nuno Santos.

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