
O veleiro Madleen, que transportava ajuda humanitária para Gaza, atracou esta segunda-feira no porto de Ashdod, em Israel, depois de ter sido intercetado na noite de domingo pelas forças israelitas, avança a France Press.
O navio humanitário onde seguia Greta Thunberg e outros 11 ativistas, tinha partido de Itália a 1 de junho para "quebrar o bloqueio israelita" em Gaza, onde a situação humanitária é desastrosa após mais de um ano e meio de guerra.
Durante a noite, a Freedom Flotilla Coalition (FFC), que fretou o navio, anunciou a abordagem do navio pelas forças israelitas.
A ordem foi dada pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz.
"Ordenei às Forças de Defesa de Israel que atuem para impedir que o veleiro Madleen chegue a Gaza. À antissemita Greta e seus amigos, digo claramente: regressem, pois não chegarão a Gaza", disse Katz, em declarações divulgadas pelo seu gabinete.
Katz acrescentou que Israel não permitirá que ninguém rompa o bloqueio naval ao território palestiniano, que, segundo alega, visa impedir o Hamas de importar armas.
A organização Flotilha da Liberdade pediu esta segunda-feira pressão internacional para confrontar Israel com a sua abordagem ao veleiro.
"Obviamente, os meios de comunicação social israelitas afirmam que nenhum voluntário ficou ferido, mas o impacto psicológico de ser raptado à força por uma força militar que está a perpetrar genocídio em Gaza e outros crimes de guerra em todo o mundo, impedindo-os de contactar com os seus amigos, familiares e colegas na Flotilha, é ilegal, além de perturbador, e um atentado à solidariedade", argumentou a organização.