O Pentágono afirmou, num comunicado divulgado após a conversa telefónica, que os dois conversaram para "discutir interesses bilaterais, desenvolvimentos e oportunidades regionais e prioridades de assistência à segurança".

"O secretário reafirmou que os Estados Unidos continuam 100 por cento empenhados na segurança de Israel e sublinhou o laço inquebrável que existe entre os Estados Unidos e Israel", disse, antes de afirmar que os dois "concordaram que o Irão continua a ser uma ameaça à segurança regional e concordaram em trabalhar em conjunto para enfrentar este desafio".

Por seu turno, Katz enalteceu a "grande conversa" com Hegseth e revelou, numa mensagem na sua conta nas redes sociais, que lhe agradeceu "o apoio da administração de Donald Trump na aceleração da ajuda militar a Israel, bem como o seu compromisso inabalável com a segurança de Israel".

"Estamos de acordo. Todos os reféns têm de regressar a casa e o governo do Hamas em Gaza tem de ser afastado. O Irão continua a ser a maior ameaça à segurança regional", disse, adiantando que vão trabalhar em conjunto "para impedir que o Irão obtenha armas nucleares", afirmou, sublinhando que os laços entre os dois países são "inquebráveis".

O gabinete de Katz avançou ainda, em comunicado, que o ministro da Defesa israelita informou Hegseth sobre a situação das operações "antiterroristas" levadas a cabo pelo exército na Cisjordânia, sublinhando a importância das "zonas de segurança" no Líbano e na Síria, segundo o The Times of Israel.

Israel não respeitou os termos do cessar-fogo no Líbano, em vigor desde 27 de novembro, ao não se retirar totalmente do sul do país e ao manter cinco posições, ao mesmo tempo que entrou em território sírio e ocupou várias zonas após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro, numa ofensiva de jihadistas e rebeldes.

O gabinete do ministro da Defesa israelita garantiu que Katz agradeceu ao seu homólogo norte-americano o seu "apoio" nestas ações, ao mesmo tempo que o informou sobre a situação em Gaza, onde Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária depois de ter exigido o prolongamento da primeira fase do cessar-fogo, facto que não foi aceite pelo Hamas por não fazer parte do pacto alcançado em janeiro.

Osama Hamdan, um alto responsável do Hamas, acusou na segunda-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de tentar reavivar a "agressão" contra a Faixa de Gaza e sublinhou que as autoridades israelitas "estão a trabalhar arduamente" para provocar o colapso do acordo de cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro.

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