![Hamas quer continuar cessar-fogo e está disposto a libertar três reféns no sábado](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O Hamas mostrou hoje otimismo face à continuação do cessar-fogo na Faixa de Gaza e disse estar pronto a aplicar a trégua na íntegra incluindo a libertação de mais três reféns no próximo sábado.
"Não estamos preocupados com o colapso do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, uma vez que estamos interessados em implementá-lo e em obrigar a ocupação [Israel] a cumpri-lo na íntegra", afirmou hoje o porta-voz do Hamas, Abdul Latif Al Qanou, em comunicado citado pela agência espanhola EFE.
"Os mediadores estão a exercer pressão para concluir a aplicação integral do acordo, obrigar a ocupação [Israel] a respeitar o protocolo humanitário e retomar o processo de troca no sábado", acrescentou.
De acordo com fontes palestinianas consultadas pelo diário liberal israelita Haaretz, Israel e o Hamas concordaram com a libertação de três reféns nos termos do acordo, enquanto Israel se compromete em aumentar o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza: "tendas, gás e equipamento médico".
Na quarta-feira, uma delegação do Hamas chegou ao Cairo, liderada pelo membro do gabinete político do movimento Jalil al-Haiya, para abordar a crise relativa à aplicação do acordo e à troca de reféns e de prisioneiros.
No dia 10 de fevereiro, o Hamas anunciou que ia suspender a sexta troca de tréguas, prevista para sábado, "até nova ordem", devido às repetidas "violações" israelitas do acordo referindo-se nomeadamente ao bloqueio da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já avisou que os combates podem recomeçar se os reféns não forem libertados no sábado.
A ameaça foi semelhante à do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que declarou esta semana que "o inferno pode ocorrer" se o Hamas não libertar todos os reféns israelitas até sábado.
"A linguagem de ameaças e intimidação utilizada por [Donald] Trump e Netanyahu não serve para a implementação do acordo de cessar-fogo", afirmou hoje Al Qanou.