
O Exército israelita anunciou ontem uma vaga de bombardeamentos no sul do Líbano, contra "instalações militares" do movimento xiita Hezbollah, na mais recente operação naquela região, apesar do cessar-fogo em vigor desde novembro.
O fim das hostilidades prevê que o Exército libanês assuma o controlo da zona, mas Israel tem vindo a afirmar há meses que estas operações são ineficazes e, por isso, sustentam a realização de novos bombardeamentos.
O jornal libanês L'Orient le Jour noticiou pelo menos uma dezena de ataques israelitas em apenas quinze minutos, que atingiram cidades como Jabal el Rihane, Blat, Jbour, Qatrani e Wadi Borghoz.
Segundo Israel, os ataques de hoje tiveram como alvo depósitos de armas do Hezbollah, que está a tentar "restabelecer as suas atividades nestas instalações".
De acordo com as forças israelitas, a "presença de armas e a atividade da organização constituem uma violação flagrante dos acordos entre Israel e o Líbano".
O Hezbollah atacou o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o Hamas, que enfrentou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza depois de ter realizado um ataque em solo israelita em 07 de outubro de 2023.
O envolvimento do Hezbollah no conflito levou o Exército israelita a invadir o sul do Líbano numa ofensiva que eliminou os principais dirigentes do grupo pró-iraniano.