A Polícia Marítima portuguesa participou na quinta-feira no resgate de mais de 300 pessoas que estavam a bordo de uma embarcação de pesca sobrelotada, à deriva ao largo da costa sul da ilha grega de Creta, foi ontem divulgado.

A Autoridade Marítima Nacional (AMN) referiu, em comunicado, que a embarcação "Molivos" e sete elementos da Polícia Marítima estiveram envolvidos na missão, em cooperação com as autoridades gregas e letãs.

Os elementos da embarcação "Molivos" destacados para a ilha de Gavdos, no sul de Creta, iniciaram as patrulhas no início da semana, adiantou hoje a AMN, no dia mundial do refugiado.

"A intervenção foi uma das primeiras ações dos elementos empenhados e reforça a importância da presença operacional portuguesa no controlo das fronteiras externas da União Europeia (Frontex), tendo como objetivo prevenir, detetar e combater atividades ilícitas como o tráfico de seres humanos, a pesca ilegal e outras ameaças à segurança marítima, bem como recolher informação sobre redes criminosas", frisou.

O resgate, realizado no âmbito da operação conjunta "Greece 2025", foi coordenado pelas autoridades helénicas e pela Frontex, constitui "um exemplo da componente de busca e salvamento da missão, cujo principal objetivo é salvaguardar vidas humanas no mar".

Situada nas fronteiras externas da União Europeia, no sudeste do Mediterrâneo, a Grécia é uma das principais portas de entrada na Europa para as pessoas que fogem da guerra e da pobreza.

A AMN sublinhou ainda que os migrantes intercetados em território europeu são "devidamente identificados pelas autoridades competentes, sendo adotadas as medidas adequadas em conformidade com situação legal dos mesmos".

Estas ações contribuem "para assegurar uma gestão ordenada das fronteiras e evitar que migrantes entrem no espaço europeu sem qualquer registo ou verificação da identidade".