O exército israelita anunciou este domingo a morte de mais 20 operacionais do Hezbollah no ataque de sexta-feira contra a sede da organização nos arredores de Beirute, em que morreu o líder do grupo, Hassan Nasrallah. Estavam todos "no quartel-general subterrâneo de Beirute, situado debaixo de edifícios civis", declarou o exército num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O jornal The Times of Israel, citando o comunicado, revela que entre os mortos estavam Ali Karaki (comandante da Frente Sul), Ibrahim Hussein Jazini (chefe da segurança pessoal de Nasrallah), e Samir Tawfiq Deeb (conselheiro do líder). Também morreram Abd al-Amir Muhammad Sablini (responsável pelo recrutamento de forças) e Ali Nayef Ayoub (responsável pelo poder de fogo do Hezbollah).
Jazini e Deeb estavam entre as pessoas mais próximas de Nasrallah. Eram "uma fonte significativa de conhecimento sobre o funcionamento atual da organização terrorista do Hezbollah e de Nasrallah em particular", disseram os militares israelitas.
O jornal reproduziu uma publicação do exército nas redes sociais com um mapa em que assinala as instalações do Hezbollah, a apenas 53 metros de uma escola da ONU. Assinala também uma segunda escola situada a 122 metros.
"Isto prova inequivocamente que o Hezbollah se esconde entre os civis, pondo em perigo a vida do povo do Líbano", acrescentou o exército israelita na publicação.
O exército israelita já tinha anunciado este domingo a morte de um sétimo alto dirigente do Hezbollah num bombardeamento realizado no sábado à noite. Trata-se do chefe-adjunto do Conselho Central do Hezbollah, Nabil Kaouk, que era apontado como um dos possíveis sucessores de Nasrallah.