O conflito no Médio Oriente continua a escalar. Este sábado, Israel anunciou novos ataques aéreos contra posições do Hezbollah no Líbano, na sequência de um bombardeamento mortífero que visou o movimento islamita na capital libanesa, Beirute, na sexta-feira.

“O exército israelita está a atacar posições pertencentes à organização terrorista do Hezbollah no Líbano”, revelou o exército israelita, lembrando que, nos ataques semelhantes de sexta, foram mortos pelo menos 16 combatentes do movimento.

Já o Hezbollah afirmou que disparou salvas de foguetes Katyusha em dois locais militares do norte de Israel. “[Foi uma] resposta aos ataques inimigos no sul do Líbano”, referiu o grupo.

O Hezbollah confirmou hoje que dois dos seus comandantes morreram no ataque israelita de sexta-feira, perto de Beirute, bem como a morte de 16 membros da força de elite, admitindo ter sofrido um novo golpe.

Segundo o Ministério da Saúde libanês, o mais recente balanço de vítimas deste bombardeamento aponta para 37 mortes, entre eles três crianças e sete mulheres, e 68 feridos.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, cancelou a participação na Assembleia Geral da ONU, que se realizava em Nova Iorque, na sequência dos ataques israelitas que provocaram uma nova escalada entre Israel e o Hezbollah.

Num comunicado hoje divulgado, Najib Mikati apelou ao “fim dos terríveis massacres”, depois de, desde terça-feira, os ataques contra o Hezbollah atribuídos a Israel terem feito mais de 70 mortos e cerca de 3000 feridos no Líbano.

Outras notícias que marcaram o dia

Dois aviões com assistência médica descolaram de Bagdade para o Líbano para atender às “necessidades dos hospitais de Beirute”, saturados com milhares de pessoas feridas pelas explosões de pagers e walkie-talkies desta semana, indicou o Governo iraquiano.

⇒ A Defesa Civil de Gaza disse que um ataque israelita a uma escola que acolhe deslocados na Cidade de Gaza provocou 17 mortos, entre eles oito crianças e cinco mulheres. O exército de Israel indicou que o ataque tinha como alvo combatentes do Hamas.

⇒ Milhares de israelitas voltaram às ruas de Telavive para criticar a ausência de um acordo de tréguas entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que levaria à libertação dos reféns capturados a 7 de outubro.

As forças armadas do Irão realizaram desfiles militares em todo o país e apresentaram um novo míssil de longo alcance e vários drones, num contexto de escalada na região do Médio Oriente.

⇒ O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, apelou aos países muçulmanos para cortarem os vínculos económicos e reduzir as relações políticas com Israel, é “o primeiro passo na unidade do mundo islâmico contra este grupo criminoso e terrorista”.