
"Nos primeiros tempos de um governo de que o Livre faça parte, nós reconheceremos a Palestina como Estado Independente", assumiu Rui Tavares à entrada para um evento na Casa do Alentejo, em Lisboa, que assinala os 77 anos da Nakba (êxodo palestiniano).
Rui Tavares, que tem falado ao longo da campanha eleitoral na independência da Palestina como uma das condições para estabelecer um acordo de governação, frisou que esse reconhecimento tem de ser feito agora.
"Agora é que é o momento, se não for agora, pode não haver no futuro já nada para reconhecer, portanto, há uma urgência no reconhecimento", entendeu.
Ressalvando não haver mais tempo a perder, o dirigente do Livre entendeu que o Governo português deve alterar a posição de esperar por toda a União Europeia para reconhecer essa independência e fazer como fizeram outros países, nomeadamente a Espanha e a Bélgica.
Recordando que o Livre sempre defendeu a Palestina, Rui Tavares lembrou que o partido foi, em 2015, o único partido que colocou já a independência da Palestina como condição para apoiar a formação de um governo.
"Mas, infelizmente, não houve outros partidos que fizessem o mesmo e, mesmo durante os acordos da Geringonça, o reconhecimento da independência da Palestina não era um tema que estivesse nos acordos que foram assinados", lamentou.
Rui Tavares quer ainda que os crimes de guerra sejam punidos e hajam sanções.
A acrescentar a isto, o porta-voz do Livre defendeu que o acordo entre Israel e a União Europeia deve ser revisto ou, neste momento, suspenso.
"Nós acreditamos numa solução de dois estados, são dois estados que têm que viver em segurança", sustentou.
SVF // JPS
Lusa/Fim