Reconhece que o Governo "não fez tudo bem", nem consegue fazer tudo em onze meses, mas Luís Montenegro quer mais tempo e já pensa no que pode fazer se ficar oito anos à frente do Governo.

O líder do PSD encerrou esta noite as comemorações dos 51 anos do partido, numa sala cheia no Centro de Congressos de Lisboa, onde voltou a criticar as oposições, que acusa de não terem visão para o país, por oposição com o seu partido, que é "interclassista, reformista e da livre iniciativa" e livre desse azedume.

"Parece que só há uma força política a apresentar uma visão para o país, a apresentar propostas", disse o líder do PSD. "Os outros o que é que fazem? Comentam as nossas propostas, e sempre dizendo tudo mal, sempre com azedume", acusou.

"Cada vez mais vão ficar a falar ou sozinhos ou entre eles. Eles falam muito entre eles e nós falamos muito com o povo, que é aquilo que nos interessa".

Montenegro até reconhece que o seu Governo não fez tudo bem e nem foi capaz de fazer tudo em onze, mas está pronto para fazer comparações daqui a duas legislaturas: "Há muita gente que diz, e é capaz de não ser exagerado, que nós fizemos mais em onze meses do que aqueles que nos antecederam fizeram em oito anos. Eu não tenho a pretensão de ir tão longe. Mas há uma coisa que eu tenho a certeza. Isso eu tenho a certeza de dizer. Quem fez o que nós fizemos em 11 meses, quem conseguiu intervir em todas estas áreas, e mais aquelas que eu não consigo mencionar, na habitação, na mobilidade, quem fez isso em onze meses ... Imaginem o que é que não será capaz de fazer nos próximos oito anos".

No encerramento das comemorações dos 51 anos do PSD, os militantes cantaram os parabéns e os vários hinos do partido e das campanhas eleitorais. Montenegro, que soprou as velas no palco, iniciou o discurso evocando Miguel Macedo, antigo ministro da Administração Interna e dirigente do partido, que morreu há menos de dois meses, e que fazia também anos a 6 de maio, a data da fundação do partido.