Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que "foi uma boa ideia" o modelo de duplas comemorações do 10 de Junho, em Portugal e no estrangeiro, em conjunto com o primeiro-ministro, que vigorou durante os seus mandatos presidenciais.

"Provou-se que era uma boa ideia, para mostrar lá fora que aparecem juntos o Presidente e o primeiro-ministro, quem quer que sejam, quer dizer, são de direita, mais à direita ou menos à direita, são de esquerda, mais à esquerda ou menos à esquerda. Acho que foi uma boa ideia", afirmou.

O Presidente da República falava aos jornalistas na Praça do Infante D. Henrique, em Lagos, após um concerto da Orquestra do Algarve que encerrou as décimas e últimas comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas dos seus mandatos.

Interrogado sobre que marca deixa na celebração desta data, respondeu: "Eu acho que há uma marca adicional que eu deixo, aliás, a meias com os dois primeiros-ministros que tive a sorte de ter como companheiros de percurso. Já se ia ao estrangeiro, todos os chefes de Estado iam ao estrangeiro, mas não havia uma comemoração conjunta em território físico português e nas comunidades pelo 10 de junho".

O chefe de Estado realçou que "isso é novo, isso foi novo".

"Isto foi uma ideia minha e do primeiro-ministro António Costa. Eu tive a ideia, falei com ele e ele concordou. Depois voltei a falar com o primeiro-ministro Luís Montenegro e ele concordou. Podia ser diferente, podia ter sido diferente", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou a participação conjunta de Presidente da República e primeiro-ministro nas comemorações do Dia de Portugal e sobretudo no estrangeiro, junto das comunidades emigrantes portuguesas: "Essa tradição não havia. Não sei se vai durar, mas durou".

Segundo o chefe de Estado, "tem um peso monumental" essa presença conjunta: "Impressiona muito não só o estarem os titulares dos mais altos cargos políticos juntos cá dentro, mas aparecerem junto das comunidades, juntos, lá fora".

Interrogado se pensa que esse modelo vai continuar com quem lhe suceder na chefia do Estado, a partir de 2026, respondeu que não sabe e depois ressalvou que "é natural e é bom para a democracia que haja diferença e que haja imaginação" no modo de celebrar o 10 de Junho.