
Israel atacou tendas à porta de dois grandes hospitais na Faixa de Gaza entre a noite de domingo e hoje, matando pelo menos duas pessoas, nomeadamente um jornalista local, e ferindo outras nove, incluindo seis repórteres, de acordo com as fontes.
Outras 15 pessoas morreram em ataques separados em vários pontos da Faixa de Gaza.
Um ataque a uma tenda da comunicação social à porta do Hospital Nasser, em Khan Younis, no início da madrugada de hoje, provocou um incêndio e matou Yousef al-Faqawi, um jornalista da estação de televisão Palestine Today, e outro homem, de acordo com o hospital. Os seis jornalistas ficaram feridos nesse ataque.
O exército israelita disse que atingiu um militante do Hamas, sem fornecer mais informações. Os militares de Israel dizem que tentam evitar ferir civis e culpam o Hamas pelas mortes porque estão profundamente enraizados nas zonas residenciais.
Israel atacou ainda tendas nos arredores do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, na cidade central de Deir al-Balah, ferindo três pessoas, segundo o hospital.
O Hospital Nasser informou que recebieu outros 13 corpos, incluindo seis mulheres e quatro crianças, de ataques separados durante a noite de domingo e hoje.
O Hospital Al-Aqsa adiantou que duas pessoas morreram e três ficaram feridas num ataque a uma casa em Deir al-Balah.
Israel realizou vagas de ataques em Gaza e as forças terrestres criaram novas zonas militares desde que terminou o cessar-fogo com o Hamas, no mês passado.
Israel proibiu a entrada de alimentos, combustível, medicamentos e ajuda humanitária desde o início de março.
Milhares de pessoas estão abrigadas em tendas montadas no interior de complexos hospitalares durante os 18 meses de guerra, assumindo que seria menos provável que Israel as atacasse.
Israel invadiu hospitais em diversas ocasiões, acusando o Hamas de os utilizar para fins militares, alegações negadas pelos funcionários dos centros médicos.
A guerra na Faixa de Gaza começou após militantes liderados pelo Hamas terem invadido Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251, das quais 59 ainda são reféns. A ofensiva militar de Israel matou mais de 50 mil palestinianos, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel diz ter morto cerca de 20 mil militantes islamitas palestinianos, sem apresentar provas. A ofensiva destruiu vastas áreas de Gaza e, no seu auge, desalojou cerca de 90% da sua população.
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