Três bombeiros morram esta terça-feira depois de terem sofrido um acidente de viação a caminho do combate a um incêndio florestal na zona de Nelas, no distrito de Viseu.
Em conferência de imprensa esta terça-feira, o comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), André Fernandes, confirmou que as vítimas mortais são duas mulheres e um homem da cooperação de bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha (Tábua).
Outros dois bombeiros foram resgatados com ferimentos ligeiros.
As circunstâncias do acidente estão a ser apuradas, mas tudo indica que a viatura dos bombeiros tenha sido “surpreendida por uma frente de fogo” e “atingida pelas chamas no teatro de operações” quando se deslocavam para o incêndio em Nelas.
“Portugal perdeu três dos seus mais nobres cidadãos”, lamenta André Fernandes.
Segundo o presidente da Câmara de Tábua, o incêndio que lavra naquele município teve origem no fogo que na segunda-feira deflagrou em Nelas e estendeu-se a Carregal do Sal, no distrito de Viseu.
Com este acidente sobe para sete o número de mortos registados nos incêndios que lavaram no território nacional desde domingo.
Presidente e primeiro-ministro lamentam morte de bombeiros
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se "profundamente consternado" com a morte de três bombeiros, a quem endereçou condolências, bem como aos respetivos familiares.
"O Presidente da República está profundamente consternado com o acidente com uma viatura de bombeiros, causando o falecimento de três bombeiros, expressando as suas mais sentidas condolências aos familiares, bem como à Corporação dos Bombeiros de Oliveirinha", lê-se numa nota publicada no site oficial da Presidência da República.
Também o primeiro-ministro manifestou "profunda consternação" pela morte de três bombeiros, expressando condolências às famílias e à corporação "destes três heróis que deram a vida pela defesa de Portugal e dos portugueses".
"Foi com profunda consternação que tive conhecimento da perda de vida de três bombeiros. Expresso as mais sentidas condolências às famílias e à corporação destes três heróis que deram a vida pela defesa de Portugal e dos portugueses", refere Luís Montenegro, numa nota de pesar do gabinete do primeiro-ministro.
"A maior homenagem que lhes podemos prestar é continuar a lutar, como eles fizeram", acrescentou o chefe do Governo.