Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro passado, Donald Trump assinou uma ordem executiva que declara que os programas e políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), que promovem a igualdade de oportunidades, são "ilegais", bem como outra que exclui as pessoas transgénero das Forças Armadas.

"Estamos a remover as distrações e a reorientar as nossas Forças Armadas para a sua missão principal de destruir os inimigos da América", disse na cerimónia de graduação na Academia Militar de West Point, próximo de Nova Iorque.

"O trabalho das Forças Armadas americanas não é organizar espetáculos de drag [queens] nem espalhar a democracia pela força das armas", continuou.

O chefe de Estado norte-americano criticou os anteriores Governos, tanto republicanos como democratas, dos últimos vinte anos, particularmente pelas intervenções militares no Afeganistão e no Iraque.

"O trabalho das Forças Armadas é aniquilar qualquer ameaça à América, em qualquer lugar, a qualquer momento", insistiu o Presidente republicano, que usou um boné vermelho com o slogan "Make America Great Again" (Tornar a América Grande Novamente).

"Libertámos as nossas tropas de ensinamentos políticos degradantes e divisitivos", disse Donald Trump.

"A teoria crítica da raça ou 'transgénero para todos' não será mais imposta aos nossos bravos homens e mulheres fardados. Ou a qualquer outra pessoa neste país", disse.

A teoria crítica da raça é a disciplina que estuda o impacto da desigualdade racial no funcionamento das instituições americanas.

O Supremo Tribunal, de maioria conservadora, permitiu temporariamente que a administração Trump excluísse as pessoas transgénero das forças armadas, aguardando uma decisão subsequente sobre o mérito.

Donald Trump discursou três semanas antes do desfile militar que ordenou para celebrar o 250.º aniversário das Forças Armadas norte-americanas, a 14 de junho, que coincide com o seu 79.º aniversário.

 

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