O embate entre França e Israel, marcado para esta quinta-feira às 19h45 (hora de Portugal Continental), está a ser marcado pelos vários protestos e boicotes promovidos em solo francês. Já são milhares os que se posicionam à frente do Stade de France, em Paris, estão destacados 5600 membros das forças policiais para o encontro, há lojas fechadas e só 25 mil lugares do estádio nacional francês estarão ocupados, pouco mais de um quarto da lotação máxima de 80 mil.

Os protestos, no entanto, não afetam as palavras de Emmanuel Macron, presidente francês, que fala de «antissemitismo». «Não nos vamos vergar ao antissemitismo e a violência, incluindo na França, nunca vai prevalecer, nem a intimidação», afirmou, em breves declarações à imprensa francesa.

Não só o jogo causou a demonstração de indignação. Na passada quarta-feira, grupos de extrema-direita de França terão, segundo a imprensa gaulesa, organizado uma gala com o fim de juntar fundos para apoiar Israel, numa altura em que a opinião pública se encontra dividida devido ao conflito bélico entre israelitas e a Palestina. «Estamos muito furiosos, porque, mais uma vez, no conforto de um salão de festas, há pessoas que a angariar fundos para o exército israelita, que vai massacrar crianças na Palestina. Isto é absolutamente inaceitável», afirmou Thomas Portes, membro do partido França Insubmissa.