Mais da metade dos clubes do Brasileirão de 2025 já mudaram de treinador. À 13ª jornada, ou 12ª jornada e meia, porque há seis jogos atrasados por disputar, são 12 demissões, a uma média, portanto, de praticamente uma por semana. A falta de paciência é tanta que Mano Menezes, por exemplo, caiu logo à primeira, no Fluminense. E o último despedido foi Juan Vojvoda, no Fortaleza.

Mesmo ídolo após conquistar cinco títulos regionais e estaduais, garantir três apuramentos para a Taça dos Libertadores e uma final da Copa Sul-Americana em mais de quatro anos de elogiado trabalho, o argentino não resistiu a cinco derrotas seguidas e à queda para o penúltimo lugar, à frente só do Sport Recife.

Por falar no Sport, o lanterna vermelha já despediu dois treinadores na prova e ambos portugueses. Pepa, que levou o clube à promoção da Série B à A em 2024, mas acabou a sétima jornada da prova ainda sem vitórias. E António Oliveira, que somou um empate e três derrotas nas quatro rondas seguintes. Daniel Paulista, o terceiro treinador, soma um jogo e… uma derrota.

Além de Pepa e Oliveira, também Renato Paiva perdeu o emprego. E só 10 dias depois de ter vencido o (aparentemente) invencível PSG. Uma derrota nos oitavos-de-final do Mundial de Clubes para o Palmeiras com um tática defensiva demais para o gosto de John Textor, o dono do clube, sentenciou a controversa saída.

Antes de todos eles caiu Pedro Caixinha no Santos, de Neymar, meros quatro meses após a contratação, logo ao terceiro jogo do Brasileirão, uma derrota para o Fluminense, no Maracanã. O mesmo Flu que bateu o recorde de impaciência e demitiu Mano Menezes com 90 minutos de campeonato decorridos, um derrota na casa do Fortaleza, do então intocável Vojvoda.

Abel Ferreira, considerado o melhor treinador do centenário Palmeiras, e Leonardo Jardim, que comanda o co-líder Cruzeiro, estão seguros. Até ver, claro, porque no futebol, sobretudo no brasileiro, nunca se sabe. Filipe Luís (Flamengo), Fernando Seabra (Bragantino), Rogério Ceni (Bahia), Cuca (Atlético), Leo Condé (Ceará), Rafael Guanaes (Mirassol), Roger Machado (Inter) são os demais resistentes.