A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) quer legalizar todas as provas nacionais de atletismo a partir da época 2025/26. «Há uma quantidade de provas que não são legais. Queremos legalizar todas as que se organizam em Portugal e certificá-las. Dar-lhes o devido valor», explicou à Lusa o presidente da Federação, Domingos Castro.

Também se pretende que os participantes nessas provas estejam licenciados pela FPA, com um custo limite de 35 euros por época.

Em assembleia geral, foram aprovadas novas normas que também farão com que cada atleta não federado pague três ou quatro euros por prova, ou então que invista 35 euros numa licença anual. Casa o faça, tirará partido de um seguro e receberá um cartão com direito a descontos em combustíveis.

«Os atletas pagam 15, 20, 30 euros por inscrição e não reclamam nada. E vão fazê-lo por três euros ou 35, neste caso podendo participar em todas as provas? O que vai receber [em benefícios] é muito superior ao valor da licença de um ano. Praticamente, somos nós quem paga a filiação», explicou Domingos Castro.

«Alguns não gostaram muito da ideia» 

O dirigente defendeu que a FPA «nada está a inventar, pois isso é o que se faz lá fora» e refere que o atletismo «promove muitos negócios por todo o país» e que, portanto, a modalidade deve tirar partido disso.

«Alguns não gostaram muita da ideia, mas não vamos mexer com o seu dinheiro. Rigorosamente nada. O que vão ter de pagar é as licenças dos pareceres e a legalização das provas», disse também, visando já uma reunião com estes agentes para que se chegue «a um entendimento bom para todos, sobretudo para a modalidade».

«Estamos a trabalhar para a modalidade. Esta direção está a fazer uma aposta muito, muito forte na formação dos nossos jovens. Dar-lhes todas as condições. E também quer colaborar com a sociedade, na promoção da sua saúde e bem-estar, principalmente quando sabemos que 74% dos portugueses não pratica exercício físico», terminou.