
Dois meses depois, Jaime Faria regressou de lesão e admitiu que forçou para poder jogar em casa e participar no Estoril Open, mas acabou por ser eliminado na primeira ronda do quadro principal e logo diante do espanhol Zapata Miralles, lucky loser, por 0-2. No final, explicou que não se sentia bem fisicamente.
«Não muito bem, senti-me um bocado lento, não muito ágil em campo. É normal, dois meses sem jogar. Mesmo aqui não foram os dias mais fáceis. Ontem acordei cheio de dores de costas, não me consegui mexer de manhã, portanto foi meio que um milagre jogar hoje e até competir bem. Estou feliz com a minha atitude, a minha prestação ainda assim, com o handicap, mas mérito também para o meu adversário, que jogou bastante bem. Não tem passado de uma fase fácil, mas hoje demonstrou um muito bom nível», começou por dizer, na zona mista, afirmando que já está bem melhor.
«A minha lesão está sempre a ser recuperada. Lá está, o que eu tive nas costas é uma coisa momentânea. Acordei todo bloqueado, faz parte, acontece às vezes, mas em relação à lesão está arrumado. Eu forcei um bocadinho o timing de regresso à competição, aqui para o Estoril. Queria muito jogar um torneio em casa, um torneio que é muito querido para mim. É pena não me conseguir apresentar nas melhores condições, mas lá está. Dei o meu melhor e agora vou preparar outra vez a minha forma e meter-me da melhor maneira para Roma», explicou, apontando para o próximo torneio.
«Jogar à defesa em que sentido? Se calhar não arriscar tanto nas participações, pelo calendário? Se calhar sim, acho que foi um início de ano difícil para mim. Um nível que joguei bastante alto, vários jogos, ganhei alguns jogos. É um nível que estou-me a habituar um bocadinho. A verdade é que consegui dar uma boa réplica no início do ano, mas neste nível é preciso ter consistência. É preciso ter consistência, mas lá está. O meu físico também vai melhorar. Agora vou tomar o meu tempo, só começo a jogar na segunda-feira. Sei que é um torneio muito importante para mim, mas preciso de me preparar bem, descansar e me preparar bem», atirou, lembrando que o Estoril Open é especial para os tenistas portugueses.
«É sempre um torneio diferente. É verdade que não é um torneio como jogar fora. Sinto sempre um bocadinho mais de ansiedade, um bocadinho mais de nervosismo, mas uma coisa é que vou ter que viver com isso na minha carreira toda, se eu quiser jogar bem em Portugal. Eu, de um modo geral, jogo bem em Portugal e adoro jogar com o público. Hoje não foi muito pela ansiedade em relação ao público, foi mesmo o meu nível que não estava lá. E lá está, estou ainda a recuperar um bocadinho. É preciso ter calma, é preciso aceitar. Não mandar muito abaixo,, eu sei que estou a jogar bem este ano e pronto, trabalhar para voltar à linha de jogo que acabo a ter», garantiu, agradecendo o apoio do público.
«Eu estava a desfrutar do encontro porque eu adoro competir. Já não competi há dois meses e ter o público todo a puxar por mim é especial. Já não sentia isso há algum tempo, mas acho que estes momentos também temos que desfrutar. Se não, não consigo aproveitar isto que é o ténis e estes momentos bonitos que esta vida nos dá, mas eu senti-me feliz no corte de voltar à competição e senti que ainda conseguia, ainda assim, competir e ter uma boa atitude», finalizou.